União Europeia aprova legislação pioneira sobre IA; veja principais pontos
A União Europeia, através de seu Parlamento, aprovou nesta quarta-feira (13) uma lei de proteção contra o rápido desenvolvimento da inteligência artificial (IA). Esta é, até o momento, a mais abrangente barreira protecionista contra a tecnologia.
A “Lei de Inteligência Artificial” da Europa pode se tornar modelo e ditar o tom para a regulamentação do uso de IA nos países ocidentais. As empresas, por um lado, afirmam que a lei é abrangente demais. Do outro, os órgãos de controle dizem que não é o suficiente.
Thierry Breton, comissário do Mercado Interno da UE, afirmou em comunicado que a Europa está sendo pioneira. “A Europa agora está estabelecendo um padrão global para uma IA confiável”.
Em coletiva de imprensa, Brando Benifei, eurodeputado italiano e co-relator do projeto, comemorou a aprovação da lei. “Hoje é um dia histórico em nosso longo caminho para a regulamentação da IA”, celebrou.
Dragos Tudorache, outro deputado co-relator, relatou que a lei encontra o equilíbrio entre “o interesse em inovar e o interesse em proteger”. Como a inteligência artificial é uma tecnologia em constante evolução, ele ressaltou que o projeto é só o início. “Devemos estar muito atentos à evolução dessa tecnologia no futuro, de forma a responder aos novos desafios que podem surgir”.
A lei aprovada prevê proibição do uso da IA para detecção de emoções em locais de trabalho e escolar, além de limitação do modo que ela poderá ser usada em situações sensíveis, como análise de currículos para vagas de emprego.
Entenda os principais pontos:
As proibições: captar imagens da internet ou circuito fechado de TV para criar base de dados de reconhecimento facial, usar sistemas de categorização biométrica baseado em características sensíveis. Reconhecimento de emoções em locais de trabalho e escolas, classificação social, IA que manipula comportamento humano ou explora vulnerabilidade de pessoas e o policiamento preditivo – policiamento baseado unicamente da construção de perfis ou avaliação de suas características.
Priorização da transparência: todos os sistemas de IA deverão respeitar as normas sobre direitos autorais já estabelecidas e deverão divulgar informação sobre os conteúdos utilizados para treinamento da tecnologia. Os modelos de uso geral que possam colocar em risco a organização social (os mais poderosos) cumprirão requerimentos a mais, como realizar avaliações de modelos, avaliar e atenuar os riscos sistêmicos e comunicar quaisquer incidentes.
Redução de riscos: sistemas de IA serão considerados de alto risco os que envolvem infraestruturas críticas, educação e formação profissional, emprego, serviços públicos e privados essenciais (como cuidados de saúde e bancos), sistemas de aplicação de lei, migração e organização das fronteiras, justiça e processo democráticos (influenciando eleições, por exemplo). Estes sistemas deverão avaliar e procurar reduzir seus riscos, manter registros de utilização, ser transparentes e garantir que haja supervisão feita por humanos.
Priorização: Serão criados ambientes para testagem de regulamentação e testes em condições reais, os quais serão acessíveis a pequenas empresas, com objetivo de desenvolver e treinar IA inovadora antes que chegue ao mercado.
Esta lei é a primeira a apresentar restrições aos sistemas de Inteligência Artificial generativo, aqueles capazes de produzir conteúdo de texto, vídeo e imagem. Esta tecnologia vem chamando atenção mundial desde o ano passado com a popularização do ChatGPT.
Em reta final das discussões da lei, os governos da França e da Alemanha foram contra estas restrições, pois as regras prejudicariam grandes startups de seus países, como a Mistral AI e a Aleph Alpha. O Corporate Europe Observatory (CEO), grupo da sociedade civil, argumentam que big techs e empresas europeias tiveram influência sob a elaboração do texto.
“Essa influência unilateral fez com que a ‘IA de uso geral’ ficasse amplamente isenta das regras e só precisasse cumprir algumas obrigações de transparência”, afirmaram em comunicado.
Com quase 3 mil encomendas, ‘carro voador’ da Embraer passa por regulamentação na Anac
Com quase três mil encomendas e início de operação previsto para 2026, os eVTOLs (popularmente conhecidos como “carros voadores”) da Embraer passam por um processo de regulamentação na Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), responsável por supervisionar as atividades da aviação civil no Brasil.
Os carros voadores se assemelham, na estrutura, aos helicópteros, mas são feitos para viagens de curta distância, dentro de uma mesma cidade ou para cidades próximas. Outra característica comum dos eVTOLs é o motor elétrico. Os helicópteros são abastecidos com querosene ou gasolina. Também há diferenças nas asas, que podem ser fixas no carro voador, e no tipo de hélice.
Recentemente, a Anac abriu uma consulta setorial para apresentação de sugestões e ideias que podem integrar a certificação dos “eVTOLs” (sigla para “veículo elétrico de pouso de decolagem vertical”) que serão fabricados pela empresa brasileira.
Conhecido como “carro voador”, o EVE-100, da Eve Air Mobility, empresa de mobilidade urbana da Embraer, será produzido em Taubaté (SP) e tem como objetivo tornar os voos urbanos mais acessíveis à população – leia mais detalhes abaixo.
De acordo com a Anac, essa consulta setorial ficará aberta até a próxima sexta-feira (15) e pode ser acessada no site oficial da agência. O objetivo é reunir comentários sobre os critérios de aeronavegabilidade que serão estabelecidos para o modelo da Eve.
Questionada pelo g1, a agência explicou que são aceitos comentários em relação aos requisitos que devem ser aplicados ao modelo das aeronaves, como por exemplo:
- peso e centro de gravidade;
- estruturas utilizadas;
- características de navegação;
- contenção contra propagação de incêndios;
- teste de durabilidade de equipamentos;
- itens que devem ser incluídos no manual de instalação e operação do motor.
A partir dessa consulta, a Anac vai analisar as informações recebidas e avaliar quais delas podem ser incorporadas ao final do regulamento usado nas certificações.
Por enquanto, não há um regulamento específico para os “eVTOLs”, já que o modelo é novo na aviação. Portanto, de acordo com a Anac, os critérios de aeronavegabilidade usados para o “carro voador” da Embraer terão como base os requisitos contidos no Regulamentos Brasileiros da Aviação Civil (RBAC).
Segundo o especialista em aviação Fernando Capuano, esse tipo de consulta é muito importante justamente por se tratar de algo novo e que ainda não tem uma regulamentação específica para certificações.
Site dos Correios usa o ChatGPT para atender consumidores
Os Correios anunciaram a chegada de novidades ao portal do serviço. Parte do projeto “Correios do Futuro”, a atualização inclui um novo layout e áreas exclusivas para divulgação de produtos, além de uma versão personalizada do ChatGPT para impulsionar as conversas com a atendente virtual Carol, que também ganhou um novo visual.
Projeto quer aprimorar experiência do usuário
As mudanças chegaram na segunda-feira (11) e têm como objetivo o “resgate da estatal”, segundo o presidente dos Correios, Fabiano Silva dos Santos. Sendo assim, quem visitar a página dos Correios vai se deparar com acessos mais rápidos, ícones em destaque, cumprimento dos requisitos de acessibilidade e espaço para a apresentação de mais de 80 produtos e serviços.
Além disso, o ChatGPT foi integrado ao atendimento online para entregar conversas mais humanizadas e inteligentes. Ao acessar a área de bate-papo, é possível fazer perguntas sobre os Correios, seus pacotes e atividades. Há algumas questões pré-determinadas para qualquer cliente encontrar a resposta o mais rápido que puder.
“Desde que assumimos a gestão da empresa há um ano, temos trabalhado para modernizar as estruturas, os produtos e os serviços dos Correios, buscando o ganho de eficiência e a sustentabilidade da organização”, destaca Fabiano.
Vale lembrar que o Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, retirou os Correios da lista de privatizações. Dessa maneira, a atual gestão da empresa afirma trabalhar em uma série de medidas para trazer soluções digitais e de logística para o e-commerce, mas não há detalhes sobre quais são todas essas providências.
Integrar a inteligência artificial da OpenAI no site é um passo para modernizar todo o processo e a jornada do cliente, mas ainda há muito a ser feito, pois é comum encontrar relatos nas redes sociais de entregas atrasadas, por exemplo.
Por fim, ainda há muitas dúvidas sobre as taxas cobradas pela estatal, que precisou explicar detalhadamente a isenção relacionada à Remessa Conforme no ano passado.
Pix foi o meio de pagamento mais usado no Brasil em 2023; veja detalhes
Pelo segundo ano consecutivo, o Pix foi considerado o meio de pagamento mais utilizado no Brasil ao longo do ano. Ao longo de 2023, a transferência digital e instantânea dominou a preferência do público nacional.
O levantamento foi divulgado nesta terça-feira (12) pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban), com base em dados do Banco Central do Brasil.
Segundo o relatório, foram quase 42 bilhões de transações feitas nesse formato de pagamento, em um crescimento de 75% comparado com o mesmo período do ano anterior. Para efeitos de comparação, de acordo com a edição da pesquisa em 2022, 29% das transações no Brasil foram feitas com Pix.
O domínio do Pix no Brasil
Em quantidade de operações, o Pix aumentou a diferença na liderança em relação a outras modalidades, incluindo cartões de crédito ou débito e boleto bancário.
Ele foi mais popular até do que a soma das demais formas de pagamento disponíveis no país. Além disso, segundo o Banco Central, o volume de transações alcançou um valor recorde de R$ 17,2 trilhões em 2023.
O único quesito em que o Pix não foi líder é o de valores totais nas transações. Como ele é preferido para pagamentos de pequeno porte, as transferências maiores são melhor distribuídas em outras alternativas.
A Transferência Eletrônica Disponível (TED) é a forma de pagamento mais adotada para grandes valores. Mesmo levando até uma hora para cair na conta do destinatário, ele foi o mais usado para envios de grandes quantias e teve um tíquete médio — ou seja, a média entre os valores transferidos pelo brasileiro — de R$ 46 mil no ano passado.
Para efeitos de comparação, o Pix teve um tíquete médio de R$ 420. Já o boleto bancário, antes um favorito do público nacional, agora é só a quarta forma de pagamentos em quantidade de pagamentos e a terceira em valores.
Isso significa que ele até está em desuso, mas ainda é usado em especial para pagamentos de compras online, por exemplo.
Fonte: https://www.tecmundo.com.br/mercado/280860-pix-meio-pagamento-usado-brasil-2023-veja-detalhes.htm
Estamos a um passo de ‘ressuscitar’ um mamute até 2028, diz estudo
Uma empresa de biotecnologia que pretende “desextinguir” animais pré-históricos acaba de anunciar um avanço que poderá permitir que os mamutes-lanosos voltem a habitar as tundras árticas até 2028. Para isso, os pesquisadores conseguiram colocar as células da pele de elefantes modernos em estado embrionário, para criar células-tronco capazes de se transformar em qualquer célula do corpo.
Em um comunicado à impressa, a Colossal Biosciences, com sede em Dallas, nos EUA, que se apresenta como uma “empresa de desextinção”, explicou que a volta do mamute depende de controlar as suas características fenotípicas mais importantes, como a capacidade de viver em climas frios, suas presas curvas e seu crânio arredondado.
Para a chefe de ciências biológicas da Colossal Biosciences, Eriona Hysolli, a questão se resume a desextinguir os genes necessários para reproduzir essas particularidades. Nesse sentido, o melhor caminho é olhar para um parente vivo mais próximo da espécie que se pretende ressuscitar, que, no caso do mamute, é o elefante asiático, que é 99,6% geneticamente igual.
Uma das principais justificativas da Colossal para trazer o mamute, e eventualmente outros herbívoros, de volta à vida são as mudanças climáticas. Eles acreditam que hordas de mamutes ‘desextintos’ poderiam pisotear o permafrost do Ártico, compactando-o e evitando o seu descongelamento. Como se sabe, o permafrost congelado guarda em seu interior altas quantidades de gás carbônico que, se liberadas na atmosfera, contribuiriam ainda mais para o efeito estufa.
Segundo o geneticista e cofundador da Colossal Bioscience, George Church, a expectativa é “poder afetar de forma positiva um ecossistema que, há talvez 10 mil anos, foi degradado pelos humanos, contribuindo para o desaparecimento de quase todos os principais herbívoros do Ártico, causando uma transição da grama para árvores”, explicou ele ao IFLScience.
A Colossal afirma que conseguiu produzir as células-tronco que necessita para desextinguir os mamutes, suprimindo os famosos genes anticancerígenos do elefante comum (que protegem o DNA contra mutações). Em seguida, mergulhou essas células “no coquetel químico certo”, como explicado no estudo publicado no repositório on-line bioRxiv, ainda sem revisão por pares.
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Fonte: https://www.tecmundo.com.br/ciencia/280688-estamos-passo-ressuscitar-um-mamute-2028-diz-estudo.htm
Questionada pelo g1, a agência explicou que são aceitos comentários em relação aos requisitos que devem ser aplicados ao modelo das aeronaves, como por exemplo:
- peso e centro de gravidade;
- estruturas utilizadas;
- características de navegação;
- contenção contra propagação de incêndios;
- teste de durabilidade de equipamentos;
- itens que devem ser incluídos no manual de instalação e operação do motor.
A partir dessa consulta, a Anac vai analisar as informações recebidas e avaliar quais delas podem ser incorporadas ao final do regulamento usado nas certificações.