Fibra ótica em avião pode diminuir preço da passagem aérea
Empresas aéreas no Brasil e no mundo não estão vivendo seus melhores momentos quando o assunto é finanças. E quem sente é você, devido ao preço das passagens.
No quadro “O brasileiro precisa ser estudado”, Laura Marise, do Nunca Vi 1 Cientista, mostra que a inventividade nacional não tem limites e pode influenciar no precinho das viagens.
Pesquisadores do Inatel (Instituto Nacional de Telecomunicações), que fica em Santa Rita do Sapucaí (MG), estão criando uma forma de substituir cabos de cobre contidos nos aviões por fibra ótica para transmitir energia elétrica. E isso faz toda diferença —até mesmo para as passagens.
Até existem outros projetos no mundo investigando essa mesma função, mas o projeto do Inatel tem uma aplicação prática logo de cara: a ideia é usar fibra óptica ao invés de cabos de cobre para fazer as conexões elétricas em aviões
Laura Marise, Nunca Vi 1 Cientista
A divulgadora científica explica que as aeronaves chegam a carregar até uma tonelada apenas de cabos de cobre. As fibras óticas mudariam isso, já que são mais leves. Quanto maior o peso do avião, mais combustível é necessário, e esse valor aumenta o custo do voo.
Se a gente conseguir reduzir o peso do avião, reduziria também o custo do combustível para as companhias aéreas e, poderíamos ter uma esperança de uma redução do preço das passagens
Laura Marise, Nunca Vi 1 Cientista
O projeto já está em marcha e foi um pedido da Embraer. A previsão é que as próximas aeronaves fabricadas no Brasil já saiam com essa tecnologia.
A ideia é a mesma de uma placa solar fotovoltaica, que transforma a energia fotônica da luz do sol em energia elétrica, mas ao invés do sol a gente usa um emissor de luz padronizado
Laura Marise, Nunca VI 1 Cientista
Os desenvolvedores afirmam que, além de mais leve, a tecnologia de fibra ótica é mais eficiente que o cabo de cobre para a transmissão de energia, e tem menos perdas pelo caminho.
Pesquisador brasileiro cria IA para flagrar suspeitos na multidão
Um pesquisador do Recod.ia, o laboratório de estudos sobre inteligência artificial da Unicamp, está desenvolvendo uma tecnologia que usa câmeras para encontrar suspeitos em multidões e traçar o caminho feito por ele.
Dado um evento, um crime ou ataque terrorista que seja de interesse das autoridades, a minha meta é agrupar todas as ocorrências em que uma pessoa apareceu nas câmeras de segurança ou câmeras móveis
Gabriel Bertocco, pesquisador
As câmeras móveis a que ele se refere podem ser celulares, drones ou câmeras de TV.
Também serão colocadas à disposição da polícia federal e de autoridades competentes para a utilização em investigações de eventos ou qualquer outros crimes de interesse da sociedade
Gabriel Bertocco, pesquisador
O doutor em inteligência artificial criou uma plataforma interna que reúne imagens fornecidas pelas câmeras. Nela, é possível fazer buscas por cenas similares captadas por quaisquer câmeras de segurança. Basta digitar as características do indivíduo buscado, como “homem de camisa vermelha e calça jeans”. A proposta é fruto da pesquisa de doutorado de Bertocco.
O sistema também pode combinar imagens de diferentes câmeras para serem analisadas pelas autoridades.
O pesquisador ressalta que a ferramenta serve para auxiliar no processo de busca, mas cabe ao especialista verificar a veracidade das imagens e se, de fato, correspondem com o suspeito procurado.
A análise visual de um especialista é fundamental para garantir que uma pessoa não seja identificada injustamente pela máquina, como ocorre em casos de reconhecimento facial.
Mpox: vacina começa a ser desenvolvida e logo deve ser testada na população brasileira
O Centro de Tecnologia de Vacinas (CTVacinas) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) informou estar próximo de iniciar a última etapa no desenvolvimento de uma vacina nacional contra a Mpox, os testes em humanos.
“A equipe está produzindo o chamado Dossiê de Desenvolvimento Clínico de Medicamento (DDCM) para enviar à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e, assim, receber o sinal verde para começar os testes em humanos”, informou à nota da empresa.
O imunizante brasileiro ganhou maior projeção depois que a mpox foi declarada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) emergência em saúde pública de importância internacional, em razão do risco de disseminação global e de uma potencial nova pandemia. A vacina nacional, entretanto, já vinha sendo desenvolvida há 2 anos, desde a primeira emergência global provocada pela doença.
Esta semana, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) informou que o imunizante nacional contra a mpox figura como uma das prioridades da Rede Vírus, comitê de especialistas em virologia criado para o desenvolvimento de diagnósticos, tratamentos, vacinas e produção de conteúdo sobre vírus emergentes no Brasil.
“No momento, a pesquisa está na fase de estudo para o aumento da produção, verificando a obtenção de matéria-prima para atender a demanda em grande escala”, informou o ministério. A dose, segundo a pasta, é composta por um vírus semelhante ao da mpox, atenuado através de passagens em um hospedeiro diferente, até que perdesse completamente a capacidade de se multiplicar em hospedeiros mamíferos, como o ser humano.
Segundo paciente com chip da Neuralink já consegue projetar objetos 3D com a mente
A Neuralink, startup de implante de chips cerebrais de Elon Musk, implantou com sucesso seu dispositivo em um segundo paciente. Em uma atualização de resultados um mês após a cirurgia, a empresa informou que Alex tem melhorado sua habilidade de jogar videogames e começou a aprender como usar software de design auxiliado por computador (CAD) para projetar objetos 3D.
Segundo a empresa, o paciente levou menos de 5 minutos para que ele começasse a controlar um cursor de computador com a mente após a conexão inicial do aparelho. Em poucas horas, ele conseguiu superar a velocidade e a precisão máximas que havia sido alcançada anteriormente com o equipamento.
Antes de sofrer com uma lesão na medula espinhal, o paciente trabalhava como técnico automotivo, consertando e mexendo em vários tipos de veículos e máquinas grandes. Por isso, a empresa decidiu incluir nos testes o uso de programas profissionais para projetar objetos 3D, para que o paciente pudesse trabalhar em projetos sem precisar depender extensivamente de seu sistema de suporte.
De acordo com a Neuralink, o paciente usou o software CAD Fusion 360 pela primeira vez no segundo dia de uso do implante. Ele conseguiu projetar uma montagem personalizada para seu carregador Neuralink , que foi então impresso em 3D e integrado à sua configuração.
“Estamos trabalhando com Alex para aumentar sua produtividade com o Link mapeando os movimentos pretendidos para diferentes tipos de cliques do mouse (por exemplo, esquerda, direita, meio), expandindo assim o número de controles que ele tem e permitindo que ele alterne rapidamente entre vários modos no software CAD (por exemplo, zoom, rolagem, panorâmica, clique e arraste)”, explicou a empresa.
O primeiro paciente, Noland Arbaugh, tetraplégico, teve o dispositivo da Neuralink implantado no início deste ano. Ele tem falado frequentemente sobre as melhorias que isso trouxe para sua vida, por exemplo, dando-lhe a capacidade de jogar videogames. A Neuralink espera operar um total de 10 pacientes este ano.
A empresa está trabalhando para aprimorar a decodificação de vários cliques e de intenções de movimento simultâneas para fornecer funcionalidade completa de mouse e controle de videogame para os pacientes. O projeto também pretende desenvolver algoritmos para reconhecer a intenção de escrita à mão para permitir uma entrada de texto mais rápida.
“Essas capacidades não apenas ajudariam a restaurar a autonomia digital para aqueles que não conseguem usar seus membros, mas também restaurariam a capacidade de comunicação para aqueles que não conseguem falar, como pessoas com condições neurológicas como esclerose lateral amiotrófica (ELA)”, afirma a empresa americana.
SpaceX tenta primeira caminhada espacial com turistas nesta terça; conheça a missão
Neste caso será usada a nave Crew Dragon, e não a Starship, a maior do mundo. A missão poderá atingir outro feito: alcançar 1.400 km de altitude, o que será o ponto mais distante da Terra alcançado por humanos desde o programa Apollo, encerrado em 1972. A Estação Espacial Internacional (ISS), por exemplo, fica a 420 km da Terra.
O plano é levar quatro passageiros em um voo de cinco dias partindo do Kennedy Space Center, base da Nasa, na Flórida, Estados Unidos. O lançamento está previsto para as 2h38 (horário de Brasília) desta terça-feira (27), mas poderá ser adiado para o final da manhã ou para quarta-feira (28).
Esta será a primeira missão do programa Polaris, organizado pelo bilionário Jared Isaacman, um dos passageiros deste voo. Outros dois voos dentro dessa iniciativa são previstos pela SpaceX, incluindo um com a Starship, a maior nave espacial do mundo.
Como será o voo?
A expectativa é de que o voo tenha cinco dias de duração, com momentos-chave da missão logo após o lançamento. Segundo a SpaceX, os primeiros minutos após a decolagem devem seguir as etapas abaixo:
- 58 segundos após o lançamento: foguete Falcon 9 atinge o “Max Q”, como é conhecido o pico de estresse mecânico;
- 2min38: motores do 1º estágio (Falcon 9) são desligados;
- 2min42: 1º e 2º estágios do veículo espacial se separam;
- 2min51: motores do 2º estágio são ligados;
- 7min39: reentrada do 1º estágio na atmosfera;
- 8min59: motores do 2º estágio são desligados;
- 9min35: 1º estágio pousa em uma embarcação da SpaceX no Oceano Atlântico;
- 12min16: Crew Dragon, cápsula onde está a tripulação, se separa do 2º estágio e continua voo;
- 12min58: “nariz” da Crew Dragon, no topo da cápsula, começa a abrir.