🗞️ Contra desastres climáticos, Governo de SC discute plano para melhorar conectividade e tecnologia 5G
Em Santa Catarina, desastres climáticos estão longe de ser novidade (vide as enchentes de Tubarão, em 1974, e as recorrentes inundações no Vale do Itajaí nas últimas décadas), mas a catástrofe que assolou o Rio Grande do Sul em maio gerou um alerta vermelho para a Defesa Civil catarinense. Há duas semanas, por exemplo, um volume de chuva de 230mm em três dias (mais do que o dobro esperado para o mês) provocou estragos em 24 municípios e deixou sete cidades, do Vale do Itajaí e Extremo Sul catarinense, em situação de emergência.
Nesta terça (28), o governador de SC Jorginho Mello e o secretário estadual de CT&I, Marcelo Fett, discutiram com uma comitiva de representantes da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) um plano de fortalecimento e melhoria da conectividade e de desenvolvimento de novas aplicações a partir da nova tecnologia 5G em Santa Catarina.
A pauta girou em torno da implementação de um programa pioneiro no Brasil para o desenvolvimento de novas aplicações a partir da tecnologia 5G utilizando a Rede Catarinense de Centro de Inovação para melhorar a conectividade e a aplicabilidade da tecnologia 5G em SC. A Anatel manifestou interesse em começar pelo Estado uma parceria de inovação aberta focada em ampliar a usabilidade do 5G privado, principalmente, no setor produtivo catarinense com foco na indústria 4.0.
Os representantes da agência reguladora disseram que os centros de inovação podem ser os alicerces na busca do desenvolvimento econômico, sendo utilizados para criação de polos de inovação com o suporte e parceria da agência.
Para Fett, é preciso usar o potencial do 5G “não apenas para conectar pessoas, mas, principalmente, conectar máquinas e equipamentos fomentando novos produtos, novos processos e novos modelos de negócios fundamentais o desenvolvimento de uma nova economia, internet da coisas, a indústria 4.0, aumentado a competitividade do setor produtivo estadual, em especial da indústria”.
Durante a reunião, que também contou com o presidente da Fapesc, Fábio Wagner Pinto, e a diretora de CTI da Fundação, Valeska Tratsk, o governador cobrou dos representantes da ANATEL a criação de uma solução que emita um alerta para pessoas que estejam em áreas com risco de enchentes ou desastres naturais a partir da localização do aparelho celular e independente da operadora. Nos próximos dias, a agência deve se reunir com representantes da Secretaria de Estado da Proteção e Defesa Civil.
🗞️ Europa cria referência global com legislação histórica para conter IA
BRUXELAS (Reuters) – Regras históricas da Europa sobre inteligência artificial entrarão em vigor no próximo mês, depois que os países da União Europeia aprovaram nesta terça-feira um acordo político alcançado em dezembro, estabelecendo uma referência global para a tecnologia.
A Lei de IA da União Europeia é mais abrangente do que a abordagem voluntária dos Estados Unidos, enquanto a China tem como objetivo manter a estabilidade social e o controle estatal.
A votação dos países da UE ocorreu dois meses depois que os parlamentares europeusda aprovaram a legislação de IA elaborada pela Comissão Europeia em 2021, após uma série de alterações importantes.
As preocupações com a interferência da IA para a desinformação, notícias falsas e cooptação de material protegido por direitos autorais se intensificaram globalmente nos últimos meses em meio à crescente popularidade de sistemas de IA generativa como o ChatGPT, da OpenAI, e o chatbot Gemini, do Google.
“Essa lei histórica, a primeira desse tipo no mundo, aborda um desafio tecnológico global que também cria oportunidades para nossas sociedades e economias”, disse o ministro belga da digitalização, Mathieu Michel, em comunicado.
“Com a Lei de IA, a Europa enfatiza a importância da confiança, da transparência e da responsabilidade ao lidar com novas tecnologias e, ao mesmo tempo, garante que essa tecnologia em rápida mudança possa florescer e impulsionar a inovação europeia”, disse ele.
🗞️ Conheça o radar inteligente nas vias brasileiras que multa a 100 metros de distância
Já está funcionando no Brasil um tipo de radar inteligente capaz de identificar infrações de trânsito a uma distância máxima de até 100 metros. O equipamento é conhecido como doppler e pode detectar se o veículo estava, ou arrancou, acima da velocidade limite, mesmo que tenha freado ao se aproximar do aparelho.
Já operando em 24 estados brasileiros, o doppler calcula a velocidade dos veículos por meio da emissão contínua de ondas eletromagnéticas. Quando rebatidas pelos carros, a frequência original das ondas sofre alteração, para cima ou para baixo.
Além da velocidade acima do limite permitido, o radar inteligente é capaz de detectar outras infrações como:
- Avanço do sinal vermelho;
- Uso de celular ao volante;
- Conversão proibida;
- Tráfego pela contramão;
- Parada em cima da faixa de pedestres.
Mais multas e menos interrupções no trânsito
O radar doppler começou a ser testado em Curitiba (PR) e São Paulo (SP) em meados de 2023. Atualmente, já há 730 equipamentos operando no país, com cerca de 1.700 faixas monitoradas.
Além de flagrar os infratores com mais eficiência, os novos radares têm implantação e manutenção mais simples em relação aos radares convencionais. Eles não requerem a instalação de itens físicos no asfalto, o que poderá ajudar na redução de engarrafamentos.
🗞️ Dell World | Como Hollywood está usando IA para evitar regravações em filmes
O diretor George Miller estaria totalmente satisfeito com o visual de seu novo filme, Furiosa: Uma Saga Mad Max, graças à inteligência artificial generativa, segundo contou ao Canaltech o arquiteto de estúdio da Kenedy Miller Mitchell (KMM) — produtora do blockbuster —, Yan Chen.
Se o filme será uma obra-prima visual, deixo para você decidir quando for aos cinemas no dia 23 de maio, mas o interessante é que Furiosa: Uma Saga Mad Max foi a primeira obra de Miller a usar IA generativa para corrigir suas filmagens originais. Consequentemente, isso evitou que o elenco fizesse regravações para chegar ao objetivo de Miller.
E como o projeto foi filmado na Austrália, tão longe quanto possível de Hollywood, os recursos de Gen IA podem ter sido cruciais para manter o filme no orçamento original. Chen, entretanto, não pôde comentar sobre cenas específicas melhoradas ou ajustadas com a tecnologia, mas contou que a produção usou as ferramentas do Dell IA Factory para construir sua própria Inteligência Artificial e trabalhar com um Large Language Model (LLM) totalmente operado com servidores locais.
Além reduzir a necessidade de regravações, a Gen IA usada em Furiosa também ajudou a produzir os efeitos visuais. “Tradicionalmente, você termina o trabalho com os efeitos visuais quando acaba o tempo ou quando acaba o dinheiro” esclareceu Chen. “Assim, dificilmente o diretor fica satisfeito com o produto final. Mas esse é o primeiro em que George Miller está 99,99% satisfeito com o visual do filme”.
Para deixar as expressões do elenco mais exageradas em cenas específicas ou fazer com que a voz das pessoas atinja determinada entonação em momentos de emoção, os cineastas agora podem usar um LLM treinado com os dados brutos armazenados durante as filmagens de suas obras. Segundo Chen, um filme como Furiosa gera, no total, cerca de 20 Petabytes — 20 mil Terabytes — de dados.
Isso inclui as filmagens brutas feitas por dezenas de câmeras, bem como o áudio dos gravadores e ainda os cyber scanns dos atores e atrizes — uma espécie de digitalização em altíssima definição que facilita o trabalho dos efeitos visuais no momento da edição.
Chen explicou que praticamente todo o material acaba sendo aproveitado na produção dos filmes, e há pelo menos três cópias criptografadas de tudo isso em locais diferentes o tempo todo.
Na hora de aplicar correções ao material bruto ou construir partes dos efeitos visuais, os técnicos precisam literalmente montar uma pergunta ou pedido em texto para a IA entregar os melhores resultados. Naturalmente, a IA pode não acertar de primeira, e acaba sendo preciso ajustar as solicitações para atingir a visão do diretor para cada quadro do filme.
Gen IA e a revolução na indústria cinematográfica
Com o uso de Gen IA em Hollywood, os estúdios vão acabar conseguindo produzir muito mais filmes em um mesmo espaço de tempo, conforme Chen. Em outras palavras, essa é a materialização dos ganhos de produtividade transformadores aos quais Michael Dell — CEO e fundador da Dell — se referiu em sua keynote de abertura do Dell Technologies World.
“Reinventem suas organizações para dominar essa “hiper-inteligência”. É uma oportunidade geracional para aumentar produtividade e crescimento”, aconselhou o executivo.
No caso da indústria cinematográfica norte-americana, contudo, esse ganho de produtividade implicará em um problema de distribuição de todo esse novo conteúdo que os estúdios terão que resolver. “Gen IA é realmente uma revolução industrial porque isso vai nos permitir sair de uns 30 filmes por ano em Hollywood para 300 ou talvez 400. Mas isso requererá uma mudança no nosso modelo de distribuição: será que vamos mesmo querer ir ao cinema ver todos esses filmes?”, concluiu Chen.
🗞️ TIME lista as empresas de tecnologia mais influentes do mundo em 2024
A revista TIME divulgou nesta quinta-feira (30) uma nova lista que reúne as empresas mais influentes do mundo em 2024. Ao todo, foram escolhidas 100 companhias que representam diferentes setores da economia global.
A capa da revista traz dois destaques: a atriz e cantora Selena Gomez, que é também fundadora da marca de cosméticos veganos Rare Beauty, e Dario Amodei, CEO da empresa de inteligência artificial (IA) Anthropic.
A lista foi criada pelos editores da revista ao longo dos últimos meses, com base em sugestões e recomendações de correspondentes e membros da própria indústria. Após reunir vários nomes, a equipe faz um estudo aprofundado para avaliar cada companhia em temas como impacto, inovação e sucesso.
Os destaques em tecnologia da lista da TIME
Além de trazer empresas de áreas como energia, finanças, mobilidade e bem-estar, são muitas as empresas de tecnologia que integram a lista da TIME. Seguindo a tendência do mercado, diferentes companhias de inteligência artificial estão presentes na seleção.
É o caso da Mistral AI, da própria Anthropic (do chatbot Claude) e a OpenAI, dona do ChatGPT. A NVIDIA, com receita recorde ao migrar para chips nesse setor, também foi selecionada.
Além disso, integram a lista plataformas digitais como Pinterest (por manter as finanças em dia e o clima positivo), Reddit (pela oferta pública de ações bem sucedida) e o TikTok, tanto pelo sucesso quanto pelas polêmicas nos EUA.
A fintech Nubank apareceu na lista pela terceira vez, após ter ultrapassado a marca de 100 milhões de clientes e US$ 300 bilhões em valor de mercado.
Em eletrônicos, estão na seleção a Xiaomi — pelo lançamento do carro elétrico, não os produtos tradicionais — e a montadora fenômeno do mercado BYD. A Huawei foi selecionada por se manter em alta na China mesmo sob sanções há anos, enquanto a Transsion foi destaque pelo alto número de vendas de celulares custo-benefício em mercados emergentes.
Além disso, alguns nomes são bastante curiosos. O time de futebol Inter Miami, por exemplo, entrou na lista por gerar muita visibilidade e receita após a contratação do craque argentino Lionel Messi.