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Cinf News – Semana – 29/01/24

Grão é cultivado em solo lunar com a ajuda de vermes e fungos

Uma dupla de cientistas agrícolas conseguiu cultivar grão-de-bico no “solo lunar” em um novo estudo. O cultivo não aconteceu exatamente na superfície da Lua e nem em poeira lunar, mas já é um avanço para que as futuras bases lunares sejam autossuficientes.

A pesquisa, liderada por Jessica Atkin, da Texas A&M University, e Sara Oliveira Pedro dos Santos, estudante de doutorado da Brown University, ainda aguarda revisão de pares, mas já está disponível para pré-impressão no biorxiv. No estudo, os cientistas agrícolas usaram uma simulação da poeira lunar junto de micorrízicos e vermicomposto para que o cultivo de grão-de-bico desse certo.

Cultivar é essencial para expansão espacial

Cultivar seus próprios alimentos é um dos requisitos necessários para que colônias em outros mundos deem certo, e levar o solo da Terra para que isso seja feito pode ser muito caro. Por causa disso, desenvolver técnicas de cultivo com o próprio solo extraterrestre pode ser a melhor solução.

No caso da Lua, não existe solo como pensamos, e o regolito deverá ser o meio principal que as futuras colônias terão que cultivar. Graças às missões Apollo sabemos como é a poeira lunar, e até mesmo contamos com amostras. Apesar delas não oferecerem as condições ideais para o cultivo, os pesquisadores apontam que com fungos terrestres e húmus de minhoca esse problema pode ser resolvido.

Criando um ambiente ideal no solo lunar

O regolito apresenta principalmente dois problemas que fazem com que ele sozinho não seja cultivável: a presença de toxinas nocivas e a falta de nutrientes essenciais. Para resolver isso, os cientistas usaram micorrízicos para capturar metais pesados do solo lunar e evitar que eles cheguem às plantas e o húmus de minhoca para fornecer os nutrientes.

Para evitar que a disponibilidade de amostras das missões Apollo fossem excedidas, o regolito lunar trazido por elas foi replicado o mais fielmente possível, sendo distribuído em vasos que continham entre 25 e 100% de poeira lunar misturada com vermicomposto. Metade dos cultivos foi protegido com os fungos, enquanto os outros tiveram que se defender sozinhos das toxinas.

  • As plantas que não forma inoculadas com fungos começaram a morrer na semana 10 das pequisa;
  • Aqueles que continham os micorrízicos, mas estavam em vasos onde 100% do material era regolito, morreram na semana 2;
  • As que possuíam até 75% de solo lunar e continham fungos, tiveram melhor desempenho apesar dos sinais de deficiência de clorofila.

Grão-de-bico e outros cultivos

A escolha do grão-de-bico se deu porque ele é rico em proteínas e micronutrientes, além de ser uma leguminosa, possibilitando uma relação simbiótica com os fungos. Apesar do estudo não considerar a radiação e a gravidade na Lua, dados coletados pela Chang’e 4 apontam que a baixa gravidade lunar pode até mesmo favorecer o crescimento de plantas terrestres.
Fonte: https://olhardigital.com.br/2024/01/29/ciencia-e-espaco/grao-e-cultivado-em-solo-lunar-com-a-ajuda-de-vermes-e-fungos/

Primeira bateria nuclear brasileira vai durar 200 anos sem recarga

No Brasil, cientistas do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN-CNEN) desenvolveram a primeira bateria nuclear nacional, a partir de um isótopo em decomposição de amerício (amerício-241). Sem precisar de uma recarga extra, ela pode fornecer energia para aparelhos por mais de 200 anos.

A pesquisa brasileira desenvolveu uma bateria nuclear termoelétrica, também conhecida como gerador termoelétrico radioisotópico (RTG). A produção de eletricidade é feita a partir do calor e não envolve fissão nuclear — este seria o caso de uma bateria termonuclear.

Buscando entender as etapas de desenvolvimento e quando poderemos usar as baterias nucleares — que colocam um fim nos carregadores —, o Canaltech conversou com Maria Alice Morato Ribeiro, pesquisadora do Centro de Engenharia Nuclear do IPEN e coordenadora do projeto.

Como funciona a bateria nuclear?

Antes de explicarmos, vale definir o que é o amerício. Trata-se de um metal radioativo, relativamente maleável e de coloração prateada, cujo símbolo na tabela periódica é Am. Ele é um emissor de partículas alfa e gama, com atividade de partículas alfa aproximadamente três vezes maior que a do rádio. O elemento possui 10 isótopos conhecidos pela ciência.

Na bateria nuclear, o calor de decaimento natural do radioisótopo é que vai gerar energia elétrica. Como parte do processo, esse calor precisa passar através de pastilhas termoelétricas geradoras de energia elétrica (TEGs).

Por enquanto, a tensão de saída nas pastilhas termoelétricas é de 20 milivolts (mV). Isso é resultado da diferença de temperatura nas pastilhas termoelétricas entre a fonte de Amerício (lado quente) e a parte  externa (lado frio).

Essa tensão alimenta um circuito coletor que acumula energia suficiente e assim fornece pequenas cargas, periodicamente. No entanto, como o atual modelo possui uma capacidade muito baixa de geração de energia, é necessária uma fonte com atividade maior apenas para acender um LED.

O que é impressionante na bateria é o tempo de duração, estimado em 200 anos, devido à meia-vida do amerício ser de 432,6 anos. No entanto, “ainda enfrentamos desafios técnicos relacionados à confiabilidade das pastilhas termoelétricas, as quais precisam operar por um período equivalente”, destaca Ribeiro.

Por isso, a cientista conta que esta primeira bateria foi desenvolvida, na verdade, para validar o conceito. O próximo passo é construir uma versão melhorada, com potência de 100 mW.

Onde usar uma bateria nuclear?

Hoje, as baterias nucleares já são usadas em locais de difícil acesso. São os casos de faróis em ilhas desertas e dispositivos enviados para o espaço, como satélites. Os rovers da NASA também usam esse tipo de tecnologia, como o Curiosity e o Perseverance.

Recentemente, uma startup chinesa anunciou o desenvolvimento de baterias para alimentar dispositivos de uso pessoal, como celulares, drones e computadores.

No caso da bateria brasileira, a ideia é usá-la para em dispositivos instalados em locais remotos. No entanto, a cientista ainda não pode entrar em detalhes sobre esses planos por questões de confidencialidade envolvendo os parceiros.

Fonte: https://canaltech.com.br/inovacao/primeira-bateria-nuclear-brasileira-vai-durar-200-anos-sem-recarga-276505/

 

Construtechs: o impacto das startups em smart buildings

Nas últimas décadas, surgiram milhares de empresas com o propósito de resolver problemas a partir de um modelo de negócio repetível e escalável envolvendo significativos graus de tecnologia. Estamos falando das startups: instituições inovadoras, escaláveis e flexíveis que atuam com grandes incertezas, geralmente financiadas por capital de risco ou privado.

Essas companhias se expandiram para múltiplos setores e atualmente contam com operações especializadas nas mais diversas áreas. No mercado imobiliário, por exemplo, as construtechs são um grupo de startups que buscam oferecer inovação ao mercado da construção civil.

Foi graças ao papel das construtechs e às transformações digitais que uma solução inovadora ganhou destaque: os smart buildings (edifícios inteligentes). Trata-se de edificações que utilizam a tecnologia como facilitadora para garantir um uso eficiente e mais econômico de recursos, beneficiando o mercado e o meio ambiente.

Construtechs: o impacto na edificação de smart buildings

A construção civil é um dos maiores mercados em termos de economia global, empregando cerca de 7% da população e movimentando mais de US$ 10 trilhões em bens e serviços anualmente. Nesse cenário, é válido destacar que países emergentes como o Brasil representam mais de 50% do setor, com um enorme potencial de expansão.

Apesar disso, parte do mercado imobiliário e da área da construção civil ainda tem dificuldade para acelerar processos de trabalho e elevar a inovação na hora de entregar soluções práticas para o cliente final.

Diante dessa realidade, as construtechs viram uma oportunidade de negócio para apoiar a implementação de recursos tecnológicos nesses setores e ainda introduziram conceitos como o de smart buildings.

Os prédios construídos nesse sistema têm como principal foco apresentar um conjunto de tecnologias de comunicação, o qual permite que diferentes equipamentos, sensores e funcionalidades dentro de um edifício tenham comunicação entre si, de forma a garantir integração total e proporcionar o controle remoto das funções.

Segundo um relatório publicado em 2021 pela Memoori, empresa independente com foco em análises da indústria de construção inteligente, mais de 600 companhias foram fundadas entre 2011 e 2020 no setor de smart buildings, o que representou aumento de 38% em comparação ao relatório emitido pela mesma instituição em 2019.

Desde 2012, mais de US$ 18 bilhões foram investidos no mercado de edifícios inteligentes. Só entre 2018 e 2020, foram adquiridas 136 startups especializadas nesse modelo de negócio. Os compradores são estrategistas que querem investir capital nesse setor em expansão.

Tais dados comprovam o impacto das construtechs na construção dos smart buildings, uma vez que as startups seguem buscando formas de introduzir a inovação nesse espaço em evolução.

A importância das construtechs para o setor

Construtechs e outras startups que atuam no setor de smart buildings podem não só gerar lucros e inovação nos serviços tecnológicos e no uso de inteligência nos edifícios como também ajudar na diminuição dos custos operacionais das construções, aumentar a produtividade (um ponto fraco do setor) e garantir a segurança do trabalhador civil.

Os recursos de inteligência artificial podem ainda diminuir os índices de acidentes causados por falhas nos sistemas. Isso porque essa tecnologia pode, por exemplo, corrigir erros de projetos que levam a incidentes e defeitos operacionais. Assim, os sistemas tecnológicos são, ainda, úteis para prover saídas não previstas por sensores tradicionais.

O papel dos smart buildings na construção do futuro

A principal característica de um smart building são os inúmeros sistemas conectados, os quais permitem monitoramento constante e em tempo real, além de ajustes completamente automatizados. Para possibilitar essas funcionalidades são necessárias tecnologias como Internet das Coisas (IoT), big data, data analytics e inteligência artificial (IA).

O propósito dessas aplicações tecnológicas também envolve coletar e utilizar dados. Com isso, os responsáveis pela gestão de um edifício inteligente conseguem receber informações que servem de norte para tomar decisões relacionadas à alocação de recursos. Tendo os dados exatos, fica fácil controlar e otimizar funcionalidades como aquecimento, refrigeração, iluminação e ventilação em todo o edifício, garantindo mais conforto aos “usuários”.

Um sistema do tipo Heating, Ventilating and Air Conditioning (HVAC) também é uma peça-chave para melhorar o desempenho dos smart buildings, pois atua na automação e no monitoramento de forma conjunta, fornecendo alertas de consumos excedentes ou usos indevidos dos recursos. Dessa forma, garante-se eficiência e economia ao mesmo tempo que se busca diminuir os impactos ambientais.

Todas essas melhorias tecnológicas ainda contribuem para um conforto no ambiente em si, o que pode, inclusive, acarretar índices maiores de produtividade em edifícios comerciais. Esse conjunto de informações revela o papel fundamental da inovação na construção do futuro, de forma que quem investe em smart buildings está apostando em um novo modelo de negócio eficaz, produtivo e, sobretudo, sustentável, o que deve ser o foco do amanhã.

Fonte: https://blog.cubo.network/construtechs-o-impacto-das-startups-em-smart-buildings

Governador conhece projeto de mobilidade para a Foz do Rio Itajaí e destaca importância da obra na região litorânea do estado

O governador Jorginho Mello recebeu nesta sexta-feira, 26, representantes da Associação dos Municípios da Região da Foz do Rio Itajaí (Amfri), que apresentaram o projeto de mobilidade para a região, o Promob, e pediram apoio do Governo do Estado.

“É um projeto arrojado, moderno que vai mudar a história da região litorânea de Santa Catarina. E o Governo do Estado faz questão de ter uma participação. Quem vem pra cá tem que ter condições fáceis de entrar e sair e isso é mobilidade inteligente”, explicou o governador Jorginho Mello.

O projeto foi detalhado pela deputada Paulinha Silva, que é ex-prefeita de Bombinhas, cidade da região. A proposta é baseada em melhorar a acessibilidade e a mobilidade de forma inclusiva e com baixas emissões de poluentes. Vai contar com sistema de transporte coletivo e melhorias em toda a região e com uma proposta inovadora: um túnel subaquático –  o primeiro feito no Brasil.

A previsão é de investimento de US$ 120 milhões pelo Banco Mundial. Outros US$ 120 milhões são de contrapartida, dos quais US$ 24 milhões serão do Estado e o restante da iniciativa privada. “O que vai mudar na vida das pessoas? Ônibus elétrico de Bombinhas até Piçarras, o tempo de deslocamento cai de cinco horas em média para uma hora e meia. O custo passa de cerca de R$ 23 para R$ 10. E o túnel vai mudar o paradigma de toda a região, porque vai acabar com esse congestionamento maluco que a gente tem entre Itajaí e Navegantes”, disse a parlamentar.

O presidente da Amfri e prefeito de Bombinhas, Paulinho Muller, comemorou o apoio recebido por parte do governador Jorginho Mello. “Agradecemos ao governador Jorginho Mello porque a região da Amfri hoje começa a viver um novo momento. Tenha certeza que daqui a quatro anos a gente inaugura uma obra que todo mundo achava que era difícil, uma obra histórica que não existe no Brasil e que Santa Catarina novamente dá exemplo de como se faz gestão”, disse.

O especialista Sênior de Transporte do Banco Mundial, Carlos Bellas Lamas, projeta a liberação do dinheiro para o segundo semestre deste ano. “Se tudo der certo, em abril, maio no mais tardar. O consórcio também precisa correr com as burocracias de aprovação com o governo federal e o dinheiro deverá estar ali liberado no segundo semestre deste ano”, afirmou.

Fonte: https://estado.sc.gov.br/noticias/governador-conhece-projeto-de-mobilidade-para-a-foz-do-rio-itajai-e-destaca-importancia-da-obra-na-regiao-litoranea-do-estado/

Satélites artificiais da Amazon: conheça o Projeto Kuiper

O Projeto Kuiper, da Amazon, lançou satélites artificiais com tecnologias emergentes que podem distribuir internet da órbita para a terra com alta velocidade. Por isso, veja detalhes sobre esses satélites e como serão as próximas etapas para esse novo projeto da Amazon.

O que são os satélites artificiais Amazon Kuiper?

De modo geral, os satélites artificiais do Projeto Kuiper, da Amazon, são aparelhos com alta tecnologia com patente da empresa, para distribuição de internet.

Nesse sentido, é mais um ramo de investimento da Big Tech norte-americana, que criou esse braço no ano de 2019. Ainda assim, se destaca por alguns detalhes, como:

  • a tecnologia a laser;
  • o recurso de links ópticos que utilizam;
  • a rapidez da conexão.

Portanto, é uma iniciativa que vale a pena conhecer e que pode se tornar um grande concorrente da Starlink, marca de outra das maiores Big Techs do mundo, a SpaceX.

O que é o Projeto Kuiper?

O Projeto Kuiper é um dos braços da Amazon, que lançou essa marca no ano de 2019. Por sua vez, o foco da empresa é transmitir internet de qualidade para todos. Nesse sentido, o objetivo tem como pilares:

  • rapidez;
  • confiabilidade;
  • preço acessível.

A ideia é transmitir o wi-fi até mesmo para locais mais distantes, uma forma de inclusão cada vez mais importante. Por isso, terá vantagens para casas, pequenos negócios e até mesmo ONG’s, por exemplo.

Como funcionam os satélites artificiais Amazon?

Os satélites artificiais da Amazon Kuiper funcionam por meio de tecnologia de conexão via laser, o que permite aumentar a velocidade de conexão. Mas, para isso, ele precisa estar a uma distância considerável, para que a conexão se torne mais estável.

Teste nos aparelhos

Até o momento, a Amazon lançou dois satélites de teste, que durou cerca de um mês com os aparelhos orbitando a uma distância mais próxima da terra.

De acordo com nota oficial da própria empresa, os testes são um sucesso até o momento, já que os aparelhos foram capazes de criar um vínculo entre si.

Conexão e rede

Ainda conforme note da Amazon, os aparelhos conseguiram se interligar de forma cruzada, o que torna ainda mais fácil a conexão entre muito mais itens.

Isso porque a ideia da empresa é criar uma rede do tipo “malha óptica”, para cobrir uma área ainda maior e sem perder velocidade de conexão.

Segurança de conexão

A tecnologia OISLs da Amazon ainda promete a transmissão de forma segura, para proteger da melhor forma os dados de empresas e pessoais também. Com isso, pode ser um forte nome diante das conexões comuns de fibra óptica via cabos, por exemplo.

Distância dos satélites

De modo geral, os aparelhos vão orbitar a cerca de 2.600 km, no máximo, para a conexão ser estável e a tecnologia a laser atue da melhor forma possível.

Ainda assim, a empresa trabalha em formas de tornar o sinal ainda mais estável, com o passar do tempo e também conforme o avanço do projeto.

Fonte: https://rapaduratech.com.br/satelites-artificiais/

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