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CINF News – Segunda-feira 22/04/24

🗞️Por que novo sistema da Microsoft aproxima computação quântica do “mundo real”

A computação quântica avançou mais um pouco rumo às aplicações práticas no mundo real. Considerada essencial para destravar formas mais rápidas e poderosas de processamento de cálculos em computadores, a tecnologia tem sido alvo das principais companhias do setor nos últimos anos, como IBM e Google. Desta vez, mais uma empresa anunciou sua contribuição para a área.

No início de abril, a Microsoft revelou que desenvolveu um sistema de computação quântico com o menor número de erros já registrado até então. O sistema de virtualização de qubit (unidade de processamento quântica) da empresa, unido ao hardware da startup Quantinuum’s, permitiu rodar 14 mil experimentos quânticos sem um único erro, diz o anúncio.

Qubit é a menor unidade de processamento das máquinas desse tipo, assim como o bit é a menor unidade de processamento de computadores clássicos. A diferença é que, na computação clássica, o bit expressa apenas dois estados: 0 ou 1. Já na computação quântica, o qubit pode expressar, simultaneamente, os infinitos estados entre 0 e 1, o que, em tese, garante a superioridade computacional dessa tecnologia.

Para viabilizar esse tipo de computação, o principal desafio da área é contornar a alta instabilidade dos qubits, que causa erros e inviabiliza soluções de grandes problemas. Os processadores quânticos atuais apresentam taxas de erro entre 1 em 100 e 1 em 10 mil. O Google estima que, para ter uma máquina funcional, as taxas de erro precisariam ser entre 1 em 1 milhão e 1 em 1 bilhão.

Uma maneira de solucionar esse problema é a criação de qubits lógicos, que consistem em diversos qubits físicos comprimidos em uma única unidade de processamento, o que permite dissolver os erros no sistema. Na nova unidade, cada qubit lógico equivale a mil qubits físicos. No entanto, para que uma máquina consiga processar operações completas, são necessários milhões de qubits físicos, algo inviável no momento.

A Microsoft afirma que a estratégia da empresa é mesclar a virtualização dos qubits com os qubits físicos. Para a empresa, é importante que as máquinas demonstrem “resiliência a erros” e confiabilidade, para que possam ser utilizadas no mundo real por indústrias farmacêuticas. O feito da semana passada soluciona isso, diz a empresa.

Com essa mescla de qubits físicos e virtuais, a gigante da tecnologia afirma que houve uma melhora de 800 vezes em relação às taxas de erros de qubits físicos apenas. Segundo a Microsoft, isso tira a empresa do “nível 1? de computação quântica fundamental para o “nível 2?, com computação quântica resiliente.

“Esse é o primeiro sistema com quatro qubits lógicos que melhora a taxa de erro lógica em relação à física em uma ordem de magnitude tão grande”, diz a empresa. “Esse é um marco crucial em nosso caminho para a criação de um sistema de supercomputação híbrido que pode transformar a pesquisa e a inovação em muitos setores.”

A expectativa da Microsoft é que um supercomputador híbrido com 100 qubits lógicos confiáveis possa ser utilizado para pesquisas científica. Já com intuito comercial, a máquina deve ser escalada para perto de mil qubits lógicos confiáveis.

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🗞️Estudantes brasileiros vencem maior torneio de robótica do mundo

Uma vitória inédita que reforça o nome do Brasil no cenário científico. Um grupo de estudantes brasileiros venceu o maior torneio de robótica do mundo. Realizado em Houston, nos Estados Unidos, o torneio reuniu cerca de 15 mil jovens de mais de 50 países.

Campeonato Mundial de Robótica

A equipe “Los Atômicos”, de Araras, no interior de São Paulo, foi o grande destaque do evento, levando para a casa o título de melhor projeto da competição na categoria de 9 a 16 anos, uma das mais importantes do evento.

Os estudantes brasileiros foram desafiados a encontrar uma solução para um desafio contemporâneo. O grupo, então, apresentou um projeto focado na inclusão e na acessibilidade infantil: um tabuleiro de xadrez controlado por comandos de voz.

Os robôs foram feitos de peças de Lego e o Brasil acabou em primeiro e segundo lugar na categoria principal. No total, foram nove medalhas durante o torneio. O país foi representado pela maior delegação de sua história: 144 estudantes de escolas públicas e privadas de 10 estados diferentes.

O Campeonato Mundial de Robótica é organizado pela ONG For Inspiration and Recognition of Science and Technology (First). O torneio valoriza o esforço de estudantes, que devem construir e operar robôs, além de desenvolver projetos de ciência e tecnologia para beneficiar suas comunidades. As informações são do G1.

Veja quais foram os prêmios conquistados pelo Brasil

  • 1º lugar “Champion´s Award”: equipe Los Atômicos, da Escola SESI de Araras (SP);
  • 2º lugar “Champion´s Award”: equipe Pardoboots, da Escola SESI de Santa Cruz do Rio Pardo (SP);
  • Prêmio “Técnico/mentor destaque”: Monica Marques, da Pardoboots;
  • Prêmio “Projeto de Inovação”: SESI Heroes, da Escola SESI de Jundiaí (SP);
  • 2º lugar “Inspiração”: equipe Amigos Droids, da Escola DHEL de Belo Horizonte (MG);
  • 2º lugar “Controle”: equipe Tech Zeus, da Escola SESI de Barbacena (MG);
  • Prêmio “Rookie All-Star Award”: equipe Jactech (FRC), do SESI SENAI de Jacareí (SP);
  • Prêmio “Team spirit Award”: equipe Octopus (FRC), do SESI SENAI de Bauru (SP);
  • Prêmio “Show me Poster Award”: equipe Los Valentitos, da Escola Municipal Padre Valente Simioni, em Joinville (SC).

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🗞️Novo trem flutuante se locomove sem encostar nos trilhos

Um trem flutuante começou a ser testado na Itália, sob o comando da startup IronLev. O veículo usa levitação magnética para se locomover sobre os trilhos, em uma tentativa de reduzir custos e o uso de energia. A filmagem dos primeiros testes foi divulgada pela empresa na última terça-feira (12), durante o evento LetExpo2024.

No vídeo, o protótipo de uma tonelada flutuou sobre os trilhos próximos da cidade de Veneza, por uma rota de aproximadamente dois quilômetros, chegando a uma velocidade máxima de 70 km/h:

A técnica usa uma camada de ar para separar o veículo do trilho, o que diminui o atrito, o ruído e as vibrações. A empresa defende que a ausência de atrito, por sua vez, pode ajudar a reduzir de maneira notável o consumo de energia e os custos de manutenção.

No anúncio, a empresa também aponta que os testes representam o primeiro e único caso de levitação magnética aplicada às linhas ferroviárias existentes sem exigir qualquer modificação ou integração de elementos adicionais.

Levitação magnética

A levitação magnética é um método pelo qual o objeto é suspenso no ar sem nenhum suporte visível, utilizando apenas campos magnéticos. O fenômeno é possível por causa das propriedades dos materiais magnéticos e a interação entre eles e os campos magnéticos gerados.

Existem diferentes abordagens para alcançar a levitação magnética. Uma delas envolve o uso de ímãs supercondutores, enquanto outra envolve o uso de campos magnéticos gerados eletricamente para contrabalançar a força da gravidade, mantendo assim o objeto suspenso.

A IronLev define a levitação magnética como “acessível, escalável, sustentável”, e diz que, enquanto a indústria do transporte terrestre caminha para sistemas de alto desempenho e alta eficiência, novos sistemas de levitação nasceram para atender a esses requisitos.

“O sistema suporta o peso do objeto em velocidade zero, sem a necessidade de nenhum sistema de baixa velocidade. Os veículos flutuam continuamente e estão sempre prontos para serem movidos com o toque de um dedo. Isto melhora drasticamente a eficiência sistêmica e a sustentabilidade ambiental”, diz o site da empresa.

Os desafios da levitação magnética

A própria IronLev reconhece que há um desafio na técnica atualmente: “O problema é que as soluções atuais são muito complexas do ponto de vista técnico e caras para serem adotadas em grande escala. Isto explica a sua adoção extremamente limitada nos últimos 40 anos, com escasso sucesso comercial nos locais onde foram implementados”, afirma em seu site.

Com isso em mente, o trem flutuante da IronLev foi projetado para superar essas limitações.

O trem flutuante é seguro?

Segundo a startup italiana, o teste demonstrou, pela primeira vez, a possibilidade de aplicação de levitação magnética em trilhos de linhas ferroviárias já em uso, com vantagens significativas em termos de eficiência. O comunicado concentra também no fato de que o trem pode ser considerado como seguro.

“A possibilidade de implementar um controle ativo dinâmico garante constantemente uma levitação adequada. Um alinhamento central perfeito entre o veículo e a pista é mantido detectando e reagindo até mesmo às menores imperfeições da pista. Isto garante elevados níveis de segurança e máximo conforto para os passageiros”, define a empresa.

A IronLev anuncia, ainda, que os próximos objetivos do projeto do trem flutuante incluem o desenvolvimento de um carrinho motorizado adicional para testar um veículo completo, pesando até 20 toneladas e com velocidades de até 200 km/h.

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🗞️O aplicativo de mídia social AirChat da Naval Ravikant busca conectar pessoas por meio de voz natural

O capitalista de risco Naval Ravikant lançou um aplicativo de mídia social centrado na comunicação por meio de notas de voz, procurando desafiar o domínio de plataformas baseadas em texto, como X, de propriedade de Elon Musk , e Threads da Meta Platforms .

AirChat teve milhares de downloads em iOS e Android desde seu lançamento na sexta-feira e gerou uma onda de solicitações em plataformas online para acesso ao aplicativo que atualmente é apenas para convidados.

Fundado por Ravikant e pelo ex-chefe de produto do Tinder, Brian Norgard, o aplicativo aposta em interações de voz para mudar a forma como as pessoas se conectam online, apesar do crescimento fraco de plataformas semelhantes, como o querido Clubhouse da era pandêmica.

AirChat era o 23º aplicativo de mídia social mais popular nos EUA na App Store da Apple na segunda-feira, de acordo com a empresa de pesquisa de mercado SensorTower.

Ele tem um design que reflete a maioria das plataformas de mídia social e permite aos usuários postar, navegar por um feed e enviar mensagens privadas a outros usuários, na forma de gravações de áudio.

As notas de voz são reproduzidas automaticamente e podem ser pausadas. O aplicativo também gera transcrições das notas simultaneamente.

Ravikant, que fez investimentos iniciais em empresas como a Uber Technologies, argumenta que a voz é um meio de conversação mais íntimo do que o texto.

“Todos os humanos foram feitos para se dar bem com outros humanos, apenas requer uma voz natural”, postou ele no AirChat.

O aplicativo teve uma recepção positiva por parte dos usuários das redes sociais.

“A flexibilidade na transformação de um meio para outro abre novas portas interessantes para capturar e compartilhar ideias online”, postou um usuário no X. Outros disseram que acharam a transcrição de voz para texto precisa nos testes iniciais.

Ainda assim, outras novas startups de mídia social têm lutado para atrair bases de usuários significativas.

O Mastodon tinha 1,5 milhão de usuários ativos mensais e o co-fundador do Twitter, Jack Dorsey’s Bluesky, acumulou 2 milhões, de acordo com um relatório publicado pela MIT Technology Review em janeiro.

Uma versão anterior do AirChat foi lançada no ano passado. —Yuvraj Malik, Reuters

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