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Cinf News – Segunda-feira – 17/04/24

🗞️Chip brasileiro detecta nível da vitamina C e D na saliva em minutos

Para monitorar os níveis de vitamina C e D no organismo, pesquisadores do Instituto de Física de São Carlos, da Universidade de São Paulo (USP), desenvolveram um chip bioeletrônico capaz de realizar a medição dessas vitaminas em menos de 20 minutos, através de uma amostra de saliva. O invento deve deixar para trás a necessidade de exames de sangue para a detazecção de micronutrientes.

Hoje, a avaliação do nível de vitamina C e da vitamina D no organismo só pode ser feita através de equipamentos laboratoriais. Como as amostras de sangue precisam ser analisadas por profissionais especializados, todo o processo leva um tempo significativo e tende a ser caro, o que pode comprometer os cuidados à saúde.

Monitorar os níveis de vitaminas no organismo tem diferentes funções, desde o uso em dietas personalizadas até a prevenção de deficiências nutricionais, passando por casos de intoxicação e atendimentos médicos de urgência.

Para citar um único exemplo prático, em caso de deficiência de vitamina C, o paciente tende a apresentar cansaço, fraqueza, dor muscular, irritabilidade e dor nas articulações. Em casos extremos, a condição pode evoluir para o escorbuto, o que é potencialmente mortal.

Além disso, tanto a vitamina C quanto a vitamina D são classificadas como micronutrientes de suporte imunológico. Em outras palavras, ambas contribuem para a ativação de vias metabólicas envolvidas no combate de patógenos, como bactérias e vírus.

Como funciona o chip brasileiro?

Para construir o chip, os pesquisadores da USP buscaram utilizar recursos acessíveis e de custo relativamente baixo, como o carbono. Nesta primeira versão de testes, ele é descartável e composto por dois sensores distintos, que utilizam uma corrente elétrica para detectar cada uma das vitaminas.

No caso da vitamina C, o sensor específico é feito de nanopartículas de carbono. Enquanto isso, o sensor que detecta a vitamina D é mais complexo. Este é constituído por nitreto de carbono grafítico e nanopartículas de ouro, além de uma camada de anticorpos que detecta o micronutriente, como detalha o estudo publicado na revista ACS Applied Nano Materials.

Para realizar a medição, é preciso apenas conectar o chip a um dispositivo eletrônico portátil (como um medidor de glicose), inserir a amostra de saliva e aguardar os sinais de corrente elétrica que indicarão a presença das vitaminas e seus níveis. Todo o processo é concluído em minutos.

“Devido à sua flexibilidade, [o chip] pode ser adaptado para sensores vestíveis, integrados em um mordedor bucal ou até mesmo aplicados diretamente sobre a pele”, sugere Thiago Serafim Martins, primeiro autor do estudo, para a Agência Fapesp. Atualmente, o pesquisador atua no Imperial College London, na Inglaterra.

Futuro da pesquisa com chip bioeletrônico
Antes do novo chip medidor de vitaminas chegar ao mercado, os pesquisadores irão realizar testes adicionais para validar e aperfeiçoar os resultados entregues pela tecnologia. Em seguida, a patente será solicitada, o que viabilizará a produção em escala industrial no futuro.

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🗞️ABA: regulamentação da IA é importante para fomentar inovação

Na última semana, entidades representantes da economia criativa no Brasil enviaram uma carta de recomendações sobre o uso da inteligência ao Senado Federal. Entre as signatárias, está a Associação Brasileira de Anunciantes (ABA).

O ecossistema de agências e anunciantes é um dos tantos que vêm utilizando a IA para diversos fins, seja em nome do manejo de dados e melhora da experiência do consumidor ou até mesmo da criatividade. Para Paula Bauleo, líder do grupo de trabalho (GT) de inteligência artificial da ABA e legal manager na Diageo Brasil, o principal ponto da participação é o incentivo à inovação – a qual a IA está atrelada.

“As marcas têm que ser cada vez mais criativas e inovadoras, se conectar de uma forma diferente e profunda com seus consumidores para ter uma melhor performance”, alega Paula. “Entramos nessa carta para buscar uma regulamentação correta e justa, que traga confiabilidade, transparência e responsabilidade para o uso dessa ferramenta”.

A entrada como signatária ao lado de entidades como a Comissão Federal de Direitos Autorais do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e a Associação Brasileira de Imprensa (ABI), entre outros, é o movimento mais recente da ABA em relação ao tema.

Em agosto de 2022, a associação emitiu um posicionamento sobre o PL 21/2020, que estabelece fundamentos, princípios e diretrizes para o desenvolvimento e a aplicação da inteligência artificial no Brasil. Já no ano passado, lançou um guia sobre os impactos e desafios do uso da IA, servindo como bússola para profissionais das áreas de marketing.

“Como pode ter tantas ameaças e impactos a princípios fundamentais e garantias, precisa ser regulado. Mas, como estamos todos aprendendo e construindo juntos, promover esse debate com diversos setores traz a força que a gente precisa e garante boa chance de termos uma uma regulamentação”, cita Paula, lembrando da mesma trajetória do Marco Civil da Internet.

Importância da regulamentação
A líder do grupo de trabalho aponta que o debate sobre o marco regulatório da inteligência artificial no Brasil deve ser ampliado com alternativas de regulação para que a tecnologia esteja alinhada com a experiência normativa brasileira. Para isso, é preciso ter um olhar para o aspecto de ter uma proteção de direitos e garantias fundamentais com o desenvolvimento socioeconômico. Isso tudo respeitando a inovação e a competitividade do Brasil.

Além disso, Paula cita a questão sociotecnica da aplicação da IA no País. Um levantamento feito pela Tortoise Media indicou que o Brasil ocupa o 39º lugar no desenvolvimento de ferramentas de IA. Os três primeiros colocados são Estados Unidos, China e Reino Unido. A executiva reitera que a regulamentação é capaz de potencializar o investimento sobre a tecnologia, podendo fomentar, inclusive, um aspecto democrático de seu uso.

O documento visa a inclusão de dispositivos ao PL 2338/2023, inspirado no Ato Europeu da IA – o qual deverá servir de referência para a regulamentação brasileira. O mesmo aconteceu com a Lei Geral de Proteção de Dados (LPGD), inspirada na europeia General Data Protection Regulation (GDPR).

Apesar disso, a nova regulamentação também pode ter como embasamento legislações já em vigor: “Há vários capítulos da Constituição Federal, do Código Civil e do Código de Defesa do Consumidor que trazem informações que podemos aplicar para a inteligência artificial. E, mais do que isso, existem também as regulações setoriais, como o Núcleo de Produção Digital (NPD), questões de instituições financeiras”, exemplifica Paula.

Ameaças e desafios
Hoje, agências e anunciantes buscam imagens, áudios e textos em ferramentas de IA. Daí, a importância de abordar esse tema sob o escopo de diversas áreas da economia criativa.

A legal manager na Diageo Brasil reforça o desafio do aprendizado sobre a IA na prática. Assim, é preciso que empresas forneçam parâmetros claros para a sua aplicação. Ela reitera que objetivo não é buscar uma reflexão sobre restrição, mas sobre qual nível é fundamental trazer regulamentação, uma vez que não se podem criar barreiras para a inovação.

“A inteligência artificial pode trazer oportunidades de análise dos consumidores e conexão com o público de várias outras formas que as empresas talvez não teriam pensado. Mas como fazer isso com transparência e responsabilidade? Projetando o mundo no qual as máquinas e os seres humanos vão trabalhar em conjunto para ter um desenvolvimento e prosperidade de todos”, diz a líder.

Para isso, é preciso que haja uma revisão humana acerca do material gerado pela IA, atenção a direitos autorais, de personalidade, terceiros, valores éticos e de diversidade, veracidade das informações.

A expectativa é de que a formalização do embate aconteça em novembro. Neste meio tempo, a profissional afirma que empresas que fornecem e utilizam soluções do tipo devem atuar preventivamente. Assim, recomenda que adotem medidas de mitigação, como realização de assessment interno, registros de comunicação de incidentes, políticas corporativas, códigos de conduta, entre outros.

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🗞️Drone atinge velocidade próxima a do som em voo teste

Um drone desenvolvido pela startup Venus Aerospace alcançou a velocidade de 0,9 Mach (ou 1.111 km/h) durante voo teste. Isso significa que o veículo não tripulado quase atingiu a velocidade do som, que é de 1.224 Km/h.

Drone não usou toda a potência do motor
Segundo a startup, o feito foi possível graças a um motor RDRE (Motor de Foguete de Detonação Rotativo, na sigla em inglês). Para atingir tamanha velocidade, o drone usou 80% da potência do motor, o que indica que o equipamento pode voar ainda mais rápido (e quebrar a barreira do som).

O veículo aéreo não tripulado tem 2,5 metros de comprimento, pesa de 136 quilos e voou a uma altitude de 3,65 Km. Um avião Aero L-29 Delfin lançou o drone no ar.

De acordo com a Venus Aerospace, o teste faz parte dos esforços para fabricar aviões ultrassônicos para voos comerciais utilizando a tecnologia RDRE. Isso diminuiria consideravelmente o tempo das viagens.

À medida que continuamos avançando em direção à nossa missão final de voo global de alta velocidade, este é um marco técnico importante para ter um motor pronto para voo. “Andrew Duggleby, diretor-chefe de tecnologia e cofundador da Venus Aerospace”.

Tecnologia pode ser utilizada em viagens espaciais
A startup diz que a tecnologia RDRE é 15% mais eficiente que outros propulsores a jato tradicionais.
Além disso, o motor cobre maiores distâncias usando a mesma quantidade de combustíveis.
Outra vantagem é que ele não usa a tecnologia de queima contínua (como a maioria dos motores de foguetes), mas sim opera por uma onda de detonação girando continuamente em torno de uma câmara em forma de anel.
A tecnologia é relativamente nova e até mesmo a NASA já demonstrou interesse nos motores RDRE para uso em viagens espaciais.

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🗞️Saiba como as empresas que já encomendaram carros voadores da Embraer pretendem usá-los no Brasil

Mesmo que isso ainda pareça distante, é possível que, em pouco mais de dois anos, carros voadores estejam se deslocando no céu do Brasil. Isso porque a previsão da Embraer é que os eVTOLs (sigla em inglês para ‘veículo elétrico de pouso de decolagem vertical’) entrem em operação até o fim de 2026.

Com isso, as empresas brasileiras que já encomendaram carros voadores da companhia de aviação sediada em São José dos Campos (SP) têm se planejado para poder oferecer viagens no país.

De acordo com Eve Air Mobility, corporação de mobilidade urbana responsável pelos eVTOLs da Embraer, já há cartas de intenções para até 2.850 carros voadores para operadores de helicópteros, companhias aéreas, empresas de leasing e plataformas de voos compartilhados em todo o mundo.

Ao todo, são 29 clientes espalhados por todos os continentes. No Brasil, dos 2.850 eVTOLs, são 335 veículos encomendados, sendo que 100 são para a Avantto, 50 para a Helisul, 50 para a OHI (Revo), 40 para a FlyBIS, 25 para a Flapper e 70 para a Voar.

O g1 entrou em contato com as seis empresas brasileiras que já encomendaram carros voadores para entender como elas pretendem usá-los no país. Confira abaixo:

Flapper
A empresa confirmou que, até o momento, encomendou 25 carros voadores, que estão previstos para serem entregues entre 2025 e 2027. Além do Brasil, há previsão de que eles possam ser usados também em outros países da América.

Atualmente, a Flapper tem como foco voos de táxi aéreo, como por exemplo para operações de ‘transfer’ (transporte de um passageiro de/ou para aeroportos), e viagens de curta distância, como de Guarulhos para São Paulo, de São Paulo para Angra dos Reis, Porto Seguro para Trancoso e Rio de Janeiro para Angra dos Reis.

Os carros voadores, portanto, vão reforçar esse tipo de operação, que já é feita pela empresa com outros veículos aéreos.

“A ideia é substituir as atuais operações da frota tradicional de táxi aéreo por aeronaves de nova geração, mais econômicas, seguras e silenciosas. A maior oportunidade é abrir o mercado para um público totalmente novo, que hoje utiliza carros de alto padrão para se deslocar até seu destino, seja a negócios ou a lazer”, explica a Flapper.

Em relação aos preços, a empresa informou que pretende oferecer voos mais baratos do que os que são feitos de helicóptero.

“Os clientes poderão reembolsar entre R$ 500 e R$ 1.000 por voo. Com o tempo, à medida que a capacidade das aeronaves e de suas baterias melhorarem – e as operações se tornarem totalmente autônomas – esperamos que o preço caia para R$ 300 por passageiro”.

Atualmente, um ‘transfer’ de helicóptero entre o aeroporto de Guarulhos e a avenida Brigadeiro Faria Lima custa de R$ 1,5 mil a R$ 2 mil.

OHI (Revo)
A OHI (Revo) informou que tem trabalhado para desenvolver requisitos operacionais e infraestruturas necessários para receber 50 carros voadores da Eve Air Mobility.

De acordo com a empresa, ao menos numa fase inicial a ideia é incluir os eVTOLs em rotas com distâncias de voo menores, como por exemplo a rota de Guarulhos. “O principal objetivo é tornar os voos mais verdes, acessíveis e sustentáveis”, explica.

Também conforme a companhia, ainda não é possível estimar um custo exato para esse serviço, mas a expectativa é que os carros voadores diminuam o valor de investimento dos passageiros.

“Estamos comprometidos em criar um futuro em que os voos urbanos serão mais democráticos e neutros em carbono”, garante a OHI (Revo)

FlyBIS
Com carta de intenções para aquisição de até 40 aeronaves, a FlyBis terá como foco inicial desenvolver a mobilidade aérea urbana no Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Posteriormente, o objetivo será expandir o serviço para outros países da América do Sul, como Argentina e Uruguai.

“Planejamos oferecer o serviço de mobilidade aérea urbana e “transfer” para aeroportos em Porto Alegre e Florianópolis. A FlyBIS também tem foco no turismo na região da Serra gaúcha (Gramado e Bento Gonçalves) e no litoral norte de Santa Catarina (Balneário Camboriú)”, diz a empresa.

Em relação ao preço, a empresa comentou que também não consegue prever um valor para viagens com os carros voadores neste momento.

Voar
Dos 70 carros voadores encomendados pela Voar, 15 já foram selecionados para serem usados na capital paulista, para “melhorar a eficiência dos serviços de transporte aéreo na região, considerando a importância econômica e logística de São Paulo no cenário nacional”, conforme afirma a empresa.

Além disso, a empresa prevê também usar os veículos em diversas outras cidades do país, como por exemplo Belo Horizonte, Brasília, Fortaleza, Natal, Recife, Goiânia, Ribeirão Preto, Florianópolis e Balneário Camboriú.

“As principais áreas metropolitanas e destinos turísticos serão estruturados pela Voar levando em consideração as necessidades específicas dos eVTOLs incluindo espaço para pousos e decolagens, além da infraestrutura de recarga elétrica das aeronaves”, afirma.

A empresa informou ainda que o custo do serviço será influenciado por diversos fatores, mas que o objetivo é oferecer preços acessíveis.

Helisul
A Helisul conformou que já encomendou 50 carros voadores da Embraer e que eles serão usados para viagens de turismo e voos panorâmicos. A empresa também afirmou que “é muito cedo para ter uma noção de preço”.

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🗞️Bateria produz energia a partir de variações da temperatura ambiente

Nos Estados Unidos, engenheiros da Universidade de Utah trabalham no desenvolvimento de um novo tipo de bateria apelidada de célula piroeletroquímica (PEC). De forma bastante inusitada, a fonte de energia nunca precisa ser recarregada, já que produz a própria energia elétrica conforme ocorrem mudanças de temperatura no ambiente externo.

É um “dispositivo integrado que pode coletar energia térmica ambiente e convertê-la diretamente em energia eletroquímica, armazenada na forma de um supercapacitor ou bateria, com aplicações no campo da Internet das Coisas [IoT] e sensores distribuídos”, descreve Roseanne Warren, uma das cientistas responsável pela nova bateria, em nota sobre o invento.

Como a bateria é carregada?

Em fase de desenvolvimento, a bateria é carregada pela mudança de temperatura no ambiente circundante em que está inserida. De forma mais detalhada, a mudança de temperatura cria um campo elétrico dentro da célula, o que empurra os íons e permite que a célula armazene energia.

A seguir, veja o protótipo da bateria que produz energia através das variações da temperatura ambiente:

Por enquanto, esse sistema consegueria, de forma estimada, produzir até 100 microjoules por centímetro quadrado, a partir de um único ciclo de aquecimento ou de resfriamento. Isso é quase nada de energia, mas, segundo os engenheiros, é o suficiente para manter a operação de alguns dispositivos conectados à IoT, que não podem ser facilmente recarregados.

Pensando em um exemplo prático, a queda da temperatura, conforme a noite vai adentrando, poderia ser o suficiente para garantir uma nova dose de energia a essa bateria e manter um sensor agrícola funcionando.

Bateria e mudanças de temperatura

“Estamos falando de níveis muito baixos de captação de energia, mas a capacidade de ter sensores que podem ser distribuídos e não precisam ser recarregados no campo é a principal vantagem”, reforça a engenheira Warren.

No entanto, não há planos de utilizar essa forma de energia para manter a operação de um smartwatch ou mesmo telefone celular. Isso porque eles têm um display e transmitem muitos dados simultaneamente, o que é bem diferente de um “simples” sensor, que fornece informações pontuais, sem uma tela.

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