Brasil no Mapa Global da Inovação em 2025: avanços, desafios e oportunidades
O mais recente Startup Ecosystem Index 2025, publicado pela StartupBlink, reforça o papel estratégico que o Brasil ocupa no ecossistema global de inovação.
Ocupando a 27ª posição entre mais de 100 países analisados, o Brasil continua sendo o líder da América Latina, com São Paulo figurando como um dos principais hubs do hemisfério sul – atualmente na 23ª posição entre as cidades mais inovadoras do mundo.
Esse destaque é motivo de celebração, mas também de reflexão. Como podemos expandir essa liderança e garantir que outros polos brasileiros também floresçam como ambientes vibrantes para startups e inovação?
Um ecossistema em amadurecimento
O Brasil tem se mostrado resiliente e criativo na construção de seu ecossistema de startups, mesmo diante de desafios econômicos e institucionais.
A permanência de cidades como Rio de Janeiro e Belo Horizonte no ranking global comprova a relevância de centros urbanos com vocações distintas, que se consolidam como terrenos férteis para novos negócios.
Entretanto, o relatório aponta um dado importante: o país perdeu três cidades no top 1.000 global. Esse fato nos convida a pensar sobre como podemos expandir e descentralizar a inovação, especialmente em regiões com alto potencial ainda pouco explorado, como o Norte e o Nordeste.
Escassez de Talentos É o Maior Entrave para Avanço da IA nas Empresas
Desde 2019, a demanda por profissionais com habilidades em inteligência artificial tem crescido, em média, 21% ao ano – superando significativamente a oferta de talentos no mercado, segundo um estudo da Bain & Company realizado em cinco países.
Essa tendência global também se reflete no Brasil. Em outra pesquisa da consultoria, do primeiro trimestre de 2025, 39% dos executivos brasileiros apontaram a falta de expertise interna como o principal obstáculo para avançar com a implementação da inteligência artificial generativa nas empresas, superando preocupações com segurança de dados. “A ausência de profissionais especializados compromete a inovação e a capacidade das empresas de se manterem relevantes num mundo em grandes transformações”, analisa Lucas Brossi, sócio e líder de inteligência artificial para a Bain na América do Sul.
O estudo ouviu vice-presidentes e executivos C-Level de aproximadamente 100 empresas de 13 setores, com faturamento entre R$ 40 milhões e mais de R$ 10 bilhões.
Samsung lança campanha global destacando inovação Vision AI
Recentemente, a Samsung lançou uma campanha inovadora que destaca a tecnologia Vision AI em suas televisões. Criada pela agência Cheil e dirigida pelo renomado diretor Samir Mallal, a campanha proclama que a televisão não se trata mais apenas do que está na tela, mas sim de quem assiste. A Samsung Vision AI é uma suíte de inovações que transforma a TV em um verdadeiro hub de soluções inteligentes, elevando a experiência do usuário a um novo patamar.
A tecnologia permite que usuários encontrem informações instantâneas sobre o que estão assistindo e que o conteúdo seja traduzido em tempo real para o idioma preferido do espectador. Além disso, a tecnologia de upscaling com IA melhora a qualidade da imagem e ajusta o som. Em uma demonstração de interatividade, os usuários podem emparelhar sua TV com um Galaxy Watch para executar funções na TV usando gestos das mãos, dispensando o uso do controle remoto.
Essas funcionalidades são apresentadas em edições de 30 segundos que trazem à vida momentos pessoais e insights que acontecem na sala de estar, colocando o espectador no centro da narrativa.
Santa Catarina se torna o 18º membro da Disruptive & Emerging Technology Alliance (DETA)
O Estado de Santa Catarina, por meio da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (SCTI) se tornou o 18º membro da Disruptive & Emerging Technology Alliance (DETA), laboratório global de políticas públicas para tecnologias emergentes como inteligência artificial, blockchain e transformação digital. A entrada da SCTI na aliança foi articulada em parceria com a Secretaria Executiva de Articulação Internacional e Projetos Estratégicos de Santa Catarina (SAI) e o Governo da Catalunha, Espanha.
Esse processo traz consigo um avanço estratégico, envolvendo o estado como um protagonista global em políticas públicas voltadas à inovação tecnológica. Além disso, facilita o acesso a redes estratégicas, facilitando o intercâmbio com governos e especialistas de ecossistemas tecnológicos avançados. Outro ponto de destaque, que possibilita a colheita de bons frutos para o ecossistema catarinense, é tornar o Estado uma vitrine para novos investimentos e projetos colaborativos, fortalecendo os atores do setor em Santa Catarina.
A participação de Santa Catarina na Aliança será focada nas discussões acerca de inteligência artificial, cibersegurança, tecnologia quântica e direitos digitais.
Por que precisamos imaginar futuros esquisitos com a IA

Em dois anos, o mundo será radicalmente diferente e ainda mais imprevisível. Ao mesmo tempo em que governos se tornam reféns das empresas que controlam a tecnologia mais poderosa da história, ninguém sabe ao certo o que a IA fará com a humanidade. Este é o cenário descrito no relatório “AI 2027”, que ganhou destaque na mídia internacional e dominou as rodas de conversas no Vale do Silício nesta semana.
A narrativa começa em 2025, quando surgem os primeiros agentes autônomos, capazes de executar tarefas simples como gerenciar documentos ou fazer pedidos online, mas ainda pouco confiáveis – o que, de fato, estamos começando a viver hoje. Poucos meses depois, empresas como a fictícia OpenBrain começam a treinar modelos muito mais potentes, como o Agent-1, projetado não apenas para realizar tarefas, mas para acelerar o próprio desenvolvimento de novas IAs.