Pix parcelado amplia leque de pagamento para pequenos negócios
O Banco Central anunciou, nessa quinta-feira (3), uma série de novidades sobre o Pix, entre elas a opção de Pix parcelado, que permite parcelar a transação (inclusive transferências) enquanto o recebedor tem acesso ao valor na hora, semelhante a uma compra no crédito parcelado.
A modalidade estará disponível apenas em setembro de 2025, mas chamou a atenção dos consumidores e dos pequenos negócios. Para o Banco Central, o Pix parcelado “tem potencial para estimular o uso do Pix no varejo para a compra de bens e serviços de valor mais elevado, ao favorecer quem não tem acesso a esse tipo de operação”.
“O pagamento por essa modalidade é tão positivo para os pequenos negócios que muitos empreendedores oferecem descontos para pagamentos com Pix. Por isso, o importante é ficar atento e sempre avaliar as melhores condições. Esses instrumentos permitem que os pequenos continuem gerando emprego e renda”, completa o presidente.
Como vai funcionar o Pix parcelado?
- O pagador escolhe o valor da compra e o número de parcelas;
- O pagador paga uma taxa de juros na hora de parcelar o Pix;
- O beneficiário recebe o valor integral imediatamente;
- As parcelas são debitadas automaticamente da conta-corrente do pagador.
Sustentabilidade e economia: mercado livre de energia é alternativa de redução de custos para pequenos negócios
As micro e pequenas empresas explicam parte significativa do crescimento do Mercado Livre de Energia Elétrica – ou Ambiente de Contratação Livre (ACL), como é oficialmente denominado. Somente em 2024, de acordo com a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), mais de 26,8 mil novos consumidores passaram a estar conectados à rede de alta tensão.
O número representa um crescimento de 263% no setor em comparação ao ano anterior. Os segmentos que mais aderiram foram do comércio e de serviços. Nos dois primeiros meses deste ano, cerca de 5,4 mil migrações foram realizadas (alta de 41%).
A alta se deve à abertura do mercado implementada no início de 2024 (Portaria 50/2022 do Ministério de Minas e Energia), que possibilitou que os consumidores de alta tensão ou superior a 2,3kW (com despesas acima de R$ 10 mil) pudessem escolher de qual fornecedor desejam comprar energia. De acordo com o setor, a economia varia entre 20% e 35% nos novos contratos de compra.
África inaugura sua primeira “fábrica de inteligência artificial”
A África terá, pela primeira vez, uma infraestrutura dedicada exclusivamente ao desenvolvimento de inteligência artificial. O projeto é fruto de uma parceria entre a Cassava Technologies, empresa fundada pelo bilionário zimbabuano Strive Masiyiwa, e a gigante americana Nvidia, referência global em computação de alto desempenho. A chamada “fábrica de IA” será inaugurada até junho na África do Sul, com planos de expansão para outros países como Egito, Quênia, Marrocos e Nigéria. O objetivo é oferecer serviços de IA para governos, empresas e pesquisadores africanos, em um ambiente seguro, veloz e localizado no próprio continente.
O termo “fábrica de IA” é uma metáfora para um centro de dados de última geração, equipado com supercomputadores e softwares capazes de treinar e executar modelos complexos de inteligência artificial. A estrutura permitirá o desenvolvimento de tecnologias avançadas com mais agilidade e menor custo, dispensando a dependência de servidores estrangeiros. Além disso, os dados produzidos e utilizados permanecem dentro do continente, o que aumenta a segurança digital e a soberania tecnológica.
Programa busca negócios que apoiam mulheres na transição tecnológica
Empreendedores com soluções que apoiam mulheres em ciência, tecnologia, engenharia e matemática podem participar do novo programa de inovação aberta promovido por Fundo Socioambiental e Artemisia.
Lançada em março, a iniciativa busca negócios com produtos ou serviços com potencial de gerar impacto na trajetória educacional e profissional desse público.
Batizado de “Caixa: Desafio Mulheres em Stem” (sigla que remonta às áreas mencionadas), o programa gratuito destinará, ao todo, até R$ 690 mil para subsidiar a implementação de projetos-piloto em linha com o tema —sendo R$ 15 mil a seis semifinalistas e até R$ 200 mil para os três finalistas.
As inscrições estão abertas até 30 de abril em artemisia.org.br/caixadesafiomulheres.
A ideia é reduzir barreiras que limitam o acesso e a progressão de mulheres em carreiras tecnológicas.
Neurônios artificiais acionados por luz imitam processamento do cérebro
A computação neuromórfica tenta replicar a capacidade de processamento das redes neurais biológicas. No cérebro, os neurônios funcionam com base em disparos rítmicos para codificar sinais, reconhecer padrões e fazer a sincronização das redes. Todas essas funções dependem de atividades oscilatórias para transmissão e processamento dos sinais.
Para imitar isso, o mais comum tem sido criar neurônios e sinapses artificiais que funcionam com base em estímulos elétricos, mecânicos ou térmicos. Mas sistemas baseados em luz oferecem vantagens em velocidade, eficiência energética e miniaturização. Já foram demonstradas sinapses fotônicas antes, mas as implementações exigem circuitos adicionais que aumentam o consumo de energia e a complexidade, confiscando os ganhos.
Bejoys Jacob e colegas do Laboratório Ibérico Internacional de Nanotecnologia, em Portugal, superaram essas deficiências, criando um dispositivo integrado que realiza tanto a recepção sensorial quanto o comportamento oscilatório, tudo funcionando com luz, mas sem a necessidade de qualquer circuito externo adicional.
Os dispositivos apresentaram comportamento oscilatório estável ao longo de ciclos de medição prolongados (>103 ciclos), confirmando uma operação confiável sob condições controladas. A óptica modulada por pulsos permitiu obter controle sobre a excitação e a inibição dos disparos neuronais em rajada, demonstrando a viabilidade de codificar a entrada sensorial em sinais espaço-temporais semelhantes aos sinais neurais.