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Cinf News – Edição 77 (03/03/25)

Parcerias com China e Índia: inovação em saúde no Brasil

IA e computação quântica vão puxar inovação na nuvem nos próximos meses

IA Quântica: O Futuro da Computação em Nossas Mãos – Inteligência Artificial BR

O Brasil Está Pronto Para Enterrar a Inovação em IA?

Imagem ilustrativa de um "homem-máquina" dando as costas para a inovação

Na última semana, estive em um encontro que deveria ser notícia de capa. Um grupo seleto de mulheres – advogadas, empreendedoras e executivas das maiores empresas de tecnologia do mundo – se reuniu para discutir um tema que deveria estar na mesa de todos os grandes líderes do país: a regulamentação da inteligência artificial no Brasil. Estamos falando da PL 2338/2023, um projeto que pode ser o divisor de águas entre um futuro próspero e inovador ou um Brasil amarrado ao passado.

A idealizadora desse grupo, Adriana Rollo, sócia do escritório Bronstein, Zilberberg, Chueiri & Potenza Advogados, teve a visão de criar essa frente para influenciar os verdadeiros tomadores de decisão: aqueles que têm o poder da caneta na mão. Ela percebeu o risco iminente de um Marco Regulatório que, em vez de impulsionar a inovação, pode sufocar startups, desmotivar investimentos e tornar o Brasil um deserto tecnológico em IA. E essa preocupação não é paranoia – já vimos isso acontecer antes em setores estratégicos.

Nosso encontro não foi sobre achismos, mas sobre impacto real. E já temos provas concretas de que uma regulamentação bem estruturada pode mudar o jogo. Dois exemplos emblemáticos:

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Exército Brasileiro revoluciona inovação militar com nova estratégia tecnológica; Brasil investindo em tecnologia

O futuro da defesa já começou? Exército adota estratégia para acelerar inovação em tecnologia.

Exército Brasileiro acelera inovação com nova estratégia de encomendas em tecnologia

Exército Brasileiro está pisando no acelerador da inovação em tecnologia! No dia 20 de fevereiro, o Estado-Maior do Exército, por meio do Escritório de Projetos do Exército, promoveu uma capacitação inédita sobre Encomendas Tecnológicas. A capacitação reuniu especialistas e representantes de diversos órgãos da Força. A iniciativa promete desburocratizar o setor de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) e abrir caminho para projetos tecnológicos de ponta no país.

Menos burocracia, mais inovação

As Encomendas Tecnológicas são um modelo revolucionário de contratação. Essas diretrizes permitem que o Exército busque soluções em tecnologia para desafios técnicos complexos sem ficar preso às amarras burocráticas dos processos tradicionais. Diferente das aquisições convencionais, esse formato oferece mais flexibilidade e agilidade, permitindo ajustes ao longo do desenvolvimento do projeto.

Isso significa que o Exército poderá investir em projetos de alto risco em tecnologia, onde os resultados ainda são incertos. No entanto, as possibilidades de avanços disruptivos são enormes. Essa estratégia já é amplamente utilizada por potências militares como Estados Unidos e Israel, que apostam na inovação para manter sua supremacia no campo de batalha.

O evento contou com a presença de nomes de peso no cenário nacional, como Bruno Portela, coordenador do laboratório de inovação da AGU. Além disso, também estiveram presentes Adalberto Maciel, do INPI e André Rauen, da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI).

Foram debatidos aspectos cruciais, como a gestão da propriedade intelectual, um tema sensível no Brasil. A preocupação é garantir que as inovações desenvolvidas com investimento público permaneçam sob controle nacional e não sejam apropriadas por empresas estrangeiras.

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SP, SC e PR lideram ranking do INPI de estados mais inovadores do país

Estados do Sul tem crescimento significativo em comparação com estudo anterior, de 2014. RJ, MG e RS perderam espaço.

Estudo do Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) apresentado nesta semana aponta São Paulo, Santa Catarina e Paraná como os estados líderes em inovação no país. O Índice Brasil de Inovação e Desenvolvimento (IBID) mostra uma mudança significativa no panorama nacional em comparação com o estudo anterior, realizado em 2014.

Há uma década, Rio de Janeiro era o vice-líder e agora aparece na 4a. posição. Rio Grande do Sul e Minas Gerais perderam uma posição e agora estão, respectivamente, em 5o. e 6o. lugares. Foram ultrapassados por um acelerado Paraná, que aumentou sua pontuação de 0,358 (2014) para 0,406 (2025), muito próximo da vice-líder Santa Catarina, que evoluiu de 0,390 (2014) para 0,415 (2025).

O que acontece nessas regiões?

Quem conhece a dinâmica de ecossistemas e investimentos em inovação no país percebe uma conexão entre a capital financeira do país (São Paulo, que tem mais do que o dobro de pontos do que a 2a. colocada) e a “capital das startups” (Florianópolis), um celeiro de talentos em tecnologia e que vem desenvolvendo, há anos, um programa estadual de Centros de Inovação, ainda que os recursos sejam modestos e que as maiores indústrias do estado não tenham um papel ativo no ecossistema local.

Pesa também o fato de que muitos executivos de SP venham para Florianópolis trabalhar com o pé na areia ou em um café descolado num bairro tranquilo. E muitos deles acabam ficando.

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