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Cinf News – Edição 67 (09/12/24)

Pequenos Negócios de Tecnologia crescem acima do registrado no universo de MEI e micro e pequenas empresas

A crescente demanda por soluções de tecnologia impulsiona a abertura de Pequenos Negócios no segmento da Tecnologia da Informação e Comunicação. Segundo pesquisa realizada pelo Sebrae, entre 2018 e 2013, o total de Microempreendedores Individuais e Micro e Pequenas Empresas com CNPJ ativo nesse segmento passou de 343,1 mil para 489,8 mil, crescimento de 42,8%. O resultado é 14 pontos percentuais acima do registrado no universo dos Pequenos Negócios, que saltou de 15,98 milhões para 20,54 milhões (variação de 28,5%).

Ainda de acordo com o levantamento, os Pequenos Negócios já somam a maioria absoluta desse setor, reunindo 93,5% de todas as empresas em atividade. Nesse universo, as Microempresas e Empresas de Pequeno Porte representam 59,8% dos negócios de TIC, enquanto os MEI somam outros 33,8%. Para Eúde do Amor Cornélio, gestor nacional setorial de TIC do Sebrae, o resultado da pesquisa reafirma a importância dos Pequenos Negócios na vida dos brasileiros e para os resultados da nossa economia.

Confira os dados da pesquisa:

  • O número de Pequenos Negócios com CNPJ ativo em TIC cresceu 42,8% entre 2018 e 2023, subindo de 343,1 mil para 489,8 mil empresas.
  • ⁠Enquanto isso, no mesmo período, o total de Pequenos Negócios cresceu 28,5%, passando de 15,98 milhões para 20,54 milhões empresas.
  • ⁠O Brasil possui 22,6 milhões CNPJs ativos, dos quais 531,6 mil têm como atividade principal o setor de TIC, representando 2,4% do total.
  • ⁠Do total de MPE no Brasil, 3,6% atuam no setor de TIC. Já entre os MEI, o setor corresponde a 1,5%.
  • As MPE representam 59,8% das empresas de TIC. Enquanto isso, os MEI correspondem a 33,8% do setor.

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Políticas públicas podem incentivar maior adoção de carros elétricos no Brasil

Nos últimos anos, o Brasil tem implementado diversas políticas públicas para incentivar a adoção de veículos elétricos e híbridos, visando promover a mobilidade sustentável e reduzir as emissões de gases poluentes. Entre as medidas adotadas, destaca-se a isenção ou redução do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) em diversos estados. Além disso, em cidades como São Paulo, veículos elétricos e híbridos são isentos do rodízio municipal de veículos, proporcionando maior conveniência aos proprietários. Mas será que isso é suficiente para incentivar a troca de veículos a combustão pelos elétricos? Para falar sobre esse assunto eu recebo hoje aqui no Podcast Canaltech o Cássio Paglarini, da Bright Consulting.

E mais: Tráfego espacial intenso: ONU quer regular órbita da Terra; Novo plano do ChatGPT custa mais de R$ 1 mil por mês; veja o que muda; Brasil dá passo estratégico para criar o 6G com novo centro de testes; PL da IA: entenda o projeto para regular inteligência artificial; Quais são os cursos de tecnologia mais buscados pelos brasileiros em 2024?

Este episódio foi roteirizado e apresentado por Gustavo Minari. O programa também contou com reportagens de Emanuele Almeida, Wendel Martins, Bruno De Blasi e Fidel Forato. Edição por Jully Cruz. A trilha sonora é uma criação de Guilherme Zomer e a capa deste programa é feita por Erick Teixeira.

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Acordo entre União Europeia e Mercosul fortalece inovação e soberania do SUS

O acordo entre a União Europeia e o Mercosul, assinado nesta sexta-feira (6) na Cúpula do Mercosul em Montevidéu, no Uruguai, representa uma conquista histórica para o Brasil ao preservar o poder de compra do Sistema Único de Saúde (SUS). A revisão liderada pelo presidente Lula garantiu que a saúde brasileira não se limite ao papel de consumidora, mas impulsione a inovação e a produção nacional, reafirmando o compromisso do Governo Federal com o SUS como motor de desenvolvimento econômico e social.

“Essa conquista reafirma o papel do Brasil como protagonista em saúde pública global. A liderança do presidente Lula foi decisiva para transformar o acordo em uma oportunidade de desenvolvimento tecnológico, redução de desigualdades e avanço na soberania do SUS”, destacou a ministra da Saúde, Nísia Trindade. Para a ministra, essa estratégia demonstra que “investir na saúde não é apenas um dever constitucional, mas também uma ferramenta para o crescimento e a inclusão social do país”.

O novo formato do acordo alinha-se aos artigos 219 e 196 da Constituição, que reconhecem o mercado interno como parte do patrimônio nacional e a saúde como direito universal. Nesse contexto, o Governo Federal ampliou investimentos no Complexo Econômico-Industrial da Saúde (Ceis), fortalecendo o SUS e a produção nacional de terapias, medicamentos e vacinas. Serão R$ 57,4 bilhões até 2026, o maior volume de investimentos públicos e privados da última década. Desde 2023, o complexo recebeu já recebeu R$ 5 bilhões em financiamento público.

Em 2023 e 2024 o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) Saúde destinará R$ 3,3 bilhões a 35 projetos estratégicos. Esses investimentos contemplam a produção de terapias avançadas, vacinas, soros, medicamentos oncológicos e para populações negligenciadas, dispositivos médicos, anticorpos monoclonais e radiofármacos, além da estruturação de Centros de Pesquisa e Inovação.

Confiança do setor produtivo

Durante a última reunião do Grupo Executivo do Complexo Econômico-Industrial da Saúde (Geceis), em novembro, foram apresentados os primeiros resultados desde a reconstrução institucional do Complexo Econômico-Industrial da Saúde. Ao todo, foram recebidos 322 projetos para a inovação em saúde e desenvolvimento e produção de tecnologias e insumos no Brasil. Esse é o maior número de projetos já recebidos na história do Ministério da Saúde, o que representa a confiança do setor produtivo e de inovação na estratégia.

Essas ações reforçam o compromisso do governo com a inovação, a equidade e a sustentabilidade do SUS, garantindo acesso a tecnologias de ponta para toda a população brasileira.

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Embraer: 30 Anos da Privatização e Avanços Incríveis em 2024

Em um momento decisivo para a aviação brasileira, a privatização da Embraer não apenas transformou a empresa, mas também moldou o futuro da indústria aeroespacial no país. Em meio ao contexto político da década de 90, cinco empresas coligadas uniram forças para dar um novo rumo à gigante da aviação. Vamos explorar os marcos dessa jornada que culmina em 2024, repleta de inovações e conquistas.

A Hora da Mudança: O Leilão que Transformou a Embraer
Em 7 de dezembro de 1994, um leilão audacioso na Bolsa de Valores de São Paulo selou o destino da Embraer. Em apenas uma hora, a empresa foi privatizada por R$ 154,1 milhões, um valor que na época parecia pequeno frente ao potencial inexplorado da aeronáutica brasileira.

O Legado da Privatização: Como a Embraer Excedeu Expectativas
Desde sua privatização, a Embraer não apenas sobreviveu, mas prosperou. O que começou como uma tentativa de revitalização tornou-se uma história de inovação tecnológica e conquistas no cenário global da aviação.

Futuro Promissor: O Que Esperar da Embraer em 2024
À medida que nos aproximamos de 2024, a Embraer se prepara para novos lançamentos e transições inovadoras. A empresa está focada em se manter à frente no desenvolvimento de aeronaves sustentáveis e soluções digitais que prometem revolucionar o setor.

Conclusão
A trajetória da Embraer desde sua privatização até hoje é um testemunho da resiliência e adaptabilidade da indústria brasileira. À medida que olhamos para o futuro, fica a pergunta: quais serão os próximos passos de uma das maiores empresas de aviação do mundo? Acompanhe para descobrir os avanços que podem moldar nosso céu.

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É contraditório, mas as mídias digitais estão nos deixando mais entediados

Faça uma autoanálise: o quanto você tem se sentindo entediado nos últimos tempos?

Se a resposta for frequentemente, você não está sozinho. Um novo artigo publicado na Comumnications Psychology mostra que a humanidade está ficando mais entediada do que nunca.

Uma definição de tédio é “um estado aversivo de querer, mas ser incapaz de se envolver em atividades satisfatórias”. Lendo essa descrição, parece fácil combatê-lo com um smartphone em mãos. Tentamos matar até mesmo o micro tédio. Basta um espaço de tempo de segundos entre uma coisa e outra para sacarmos o celular e começar a scrollar pelo feed infinito das redes sociais.

O problema é que esse tipo de comportamento parece ter um efeito rebote, intensificando ainda mais esse estado aversivo. Segundo o artigo, que reúne uma série de estudos, há uma tendência crescente no número de pessoas que se declaram entediadas desde 2010.

Como se entediar diante de tantos estímulos?
A coisa parece contraditória, afinal foi nesse período em que passamos a ter à nossa disposição uma quantidade absurda de opções de entretenimento. Os serviços de streaming foram lançados, e as redes sociais se popularizaram com dinâmicas de conteúdos cada vez mais estimulantes.

Então, como as pessoas estão ficando mais entediadas?

Para responder a esta pergunta, precisamos entender melhor a relação da tecnologia com o tédio. Os autores do estudo argumentam que as mídias digitais trazem esse efeito por vários motivos, mas destaco dois: elas dividem a nossa atenção e elevam o nível desejado de engajamento.

A desatenção é uma característica definidora do tédio, de acordo com diversos modelos teóricos. Isso acontece quando as pessoas encontram dificuldades em se engajar em uma atividade singular e significativa por muito tempo. E todos nós sabemos que as mídias digitais fragmentam nossa atenção ao deixar a um clique de distância o acesso a inúmeros estímulos diferentes.

Essa dinâmica se relaciona diretamente com o segundo ponto: o nível de estímulo e engajamento. A abundância de conteúdos recompensadores nas mídias digitais faz com que elevemos o nível de engajamento necessário para sairmos do estado de tédio.

Essa exposição crônica a estímulos recompensadores incentiva a queremos sempre algo a mais, fazendo com que as atividades anteriores se tornem cada vez mais entediantes. Ler um livro, assistir a um filme longo ou a uma aula são atividades que passaram a competir com outros incentivos mais frenéticos.

E tudo isso deve piorar ainda mais. O estudo traz dados até 2020, mas de lá para cá surgiram os vídeos curtos que criam uma dinâmica ainda mais desenfreada. Com o simples rolar na tela, as pessoas trocam de estímulos dezenas de vezes em poucos segundos. A velocidade agora é outra.

Existe até mesmo a “lei dos 3 segundos”. Se um vídeo não conseguir fisgar a audiência nesse tempo, a pessoa muda de conteúdo. É a combinação explosiva de uma atenção fragmentada com a busca eterna pelos estímulos mais recompensadores.

Quais as consequências disso?
O abandono de atividades significativas, o aumento da insatisfação e a piora da saúde mental. Precisamos urgentemente desafiar a norma criada pelas big techs e deixar claro que nem tudo o que importa na vida consegue ter um nível alto de empolgação como os das mídias digitais.

Como escreveram os autores ao finalizar o artigo: “nesta era digital, aprender a navegar pelos momentos mundanos é mais essencial do que nunca”. Concordo plenamente.

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