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Cinf News – Edição 66 (03/12/2024)

Um ano depois do previsto, o Senado pode votar nesta semana o projeto de lei que cria o marco regulatório da inteligência artificial no Brasil. Nesta terça (3), a comissão temporária que analisa o projeto se reúne às 11h para analisar o relatório do senador Eduardo Gomes (PL-TO). Se o texto for aprovado na comissão, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), pretende votar em plenário na quinta feira.

Originalmente, a comissão deveria concluir os trabalhos até dezembro de 2023. Impasses, entraves, pressão das big techs e as eleições municipais adiaram cinco vezes o prazo de funcionamento do grupo. Agora, um acordo entre governo e relator, que é de oposição, pode levar à conclusão do debate.

Há também um interesse de diversos estados na regulamentação, o que ajudou a destravar as discussões .

O Brasil pode receber nos próximos anos mais de R$ 400 bilhões em investimentos na instalação de centros de processamentos de dados, os chamados datacenters.

A avaliação é de que a regulamentação da inteligência artificial criaria maior segurança jurídica para que investidores estrangeiros escolham o Brasil como destino estratégico, em função do potencial de energia limpa e renovável.

“Com a aprovação do texto, o Brasil vai poder aproveitar essa janela de investimentos independentemente da questão política porque tem estado que vai ser beneficiado que é governado pela direita e outros que são de governadores de esquerda. Estamos falando de investimentos em estados como São Paulo, Espírito Santo, Ceará e Rio Grande do Sul”, disse o relator, o senador Eduardo Gomes (PL-TO).

Pontos modificados

Dois pontos principais travavam o projeto: havia uma avaliação do setor produtivo de que a regulamentação seria excessiva no desenvolvimento de inteligência artificial em áreas que não afetam a vida humana; e uma pressão por parte de setores conservadores de que a responsabilização sobre o conteúdo poderia gerar um cerceamento da liberdade de expressão.

O relator do projeto fez ajustes e apresentou uma nova versão do texto na semana passada. No texto, o senador:

  • retirou regulações que aumentavam o custo da cadeia econômica de IA;
  • determinou um foco das obrigações e medidas de governança para as tecnologias consideradas de alto risco, ou seja, aquelas que impactem a vida humana e direitos fundamentais como educação e segurança pública ;
  • concedeu tratamento diferente para micro e pequenas empresas e startups.

Isso fez com que entidades representativas de setores produtivos, como a Federação das Indústrias de São Paulo, a Fiesp, e a Confederação Nacional da Indústria, a CNI, que antes eram contrárias, passassem a defender a aprovação do texto.

Por outro lado, Gomes dialogou com setores da oposição que avaliavam que poderia haver controle de conteúdo na parte referente à responsabilização das plataformas pelo conteúdo criado por inteligência artificial.

O próprio governo trabalhou para evitar que o texto caísse nesse tema e pudesse ser enterrado, como foi o projeto da regulação das redes sociais.

O relator manteve regras baseadas em experiências produzidas em outros países do mundo, e ressaltou que os produtores de inteligência artificial terão a liberdade de expressão garantida.

Direitos autorais
O texto prevê ainda a regulamentação da remuneração dos direitos autorais, uma forma de defender os produtores de conteúdo.

“Vai ter que aprovar uma lei que vai ser revisitada sempre porque inteligência artificial é um tema que você fala hoje com um especialista e em dois meses ele sabe menos”, disse o relator.

O projeto é considerado um dos prioritários pelo governo e pelo Senado para encerrar este 2024. A ideia era aprovar a tempo das eleições municipais, o que não foi possível. Se aprovado no Senado, o texto ainda precisa passar pela Câmara.

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Startup britânica faz objetos levitarem a partir de ondas sonoras

Uma startup do Reino Unido está usando ondas sonoras para levitar objetos em pleno ar. Segundo a empresa AcoustoFab, a técnica não é apenas um truque, mas uma tecnologia que pode ter aplicações comerciais em diversas áreas, incluindo manipulação de materiais tóxicos.

Sriram Subramanian, um dos fundadores da empresa, afirmou que a tecnologia de “levitação acústica” usa uma série de pequenos alto-falantes para direcionar ondas ultrassônicas para um ponto em particular.

Isso cria o que os desenvolvedores da tecnologia chamam de “jaula de pressão”, forte o suficiente para sustentar uma gota ou uma partícula.

“Mas a mágica acontece quando conseguimos ligar e desligar cada alto-falante precisamente. E como fazemos isso computacionalmente, podemos modificar a onda tão rápido que o objeto começa a se mover da maneira que nós queremos que ele se mova”, disse Subramanian.
Outra fundadora da AcoustoFab, Shubhi Bansal afirmou que a habilidade de se manipular líquidos sem contaminá-los oferece grandes oportunidades para as ciências da vida e também para a manipulação de materiais tóxicos.

“Tudo pode ser automatizado. Eles (cientistas) podem fazer suas reações, colocar amostras diretamente nos equipamentos de teste, nas posições corretas, sem qualquer interferência humana, sem criar qualquer resíduo”, disse ela.

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Anatel libera 5G puro em todo Brasil; descubra se seu celular é compatível

A Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) anunciou nesta segunda-feira (2) que o chamado que o 5G standalone, também chamado de “5G Puro” já está disponível em todo o Brasil. Com a medida, cerca de 190 municípios restantes agora podem utilizar a tecnologia, capaz de velocidades até cinco vezes maiores que no 4G.

O anúncio da Anatel acontece ocorre mais de um ano antes do previsto no cronograma e deve impulsionar as melhorias de conexão em todos os 5.570 municípios brasileiros.

Com a liberação da Anatel, agora cabe às operadoras atenderem as regras do edital e oferecer o serviço pelo Brasil. As regras determinam que as companhias devem garantir 100% do serviço em todos os municípios com mais de 30 mil habitantes até 31 de julho de 2029.

A agência informa que 770 cidades já têm essa tecnologia ativa, com uma base de 35 milhões de clientes., que corresponde a cerca de 13% dos 262 milhões de smartphones em uso.

O 5G standalone, é uma rede móvel que atua na faixa dos 3,5 GHz com velocidade média na casa dos 300 Mbps. A promessa da tecnologia é melhorar a conexão mesmo em lugares com aglomeração, redução da latência, principalmente para usos em que atrasos podem causar danos e prejuízos, como na saúde e na indústria, por exemplo, além da velocidade elevada.

Como saber se meu celular é 5G ou não?

Caso tenha dúvidas se o seu smartphone tem compatibilidade com a rede móvel 5G, há alguns passos a seguir. O primeiro é pesquisar o modelo do seu aparelho no site oficial da fabricante e procurar pela opção de especificações técnicas. A página terá uma aba sobre Conectividade/Redes que informa a tecnologia do produto.

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Pix fez uso de dinheiro físico cair quase pela metade desde o lançamento

A popularidade do Pix é tanta que, em pouco tempo, ele já foi capaz até de reduzir radicalmente o uso de notas de dinheiro em pagamentos. Essa é uma das conclusões da nova edição da pesquisa “O brasileiro e os hábitos de uso de meios de pagamento”, realizada pelo Banco Central do Brasil.

Em sua segunda edição, o estudo mostra o atual panorama do público em relação aos métodos de transferência de quantias e, pela primeira vez, incluiu o Pix como alternativa — a primeira pesquisa foi feita em 2019. Os dados foram registrados entre outubro e novembro de 2023, por meio de pesquisas com voluntários, estabelecimentos e diários de pagamentos feitos por participantes.

dinheiro físico segue como o método de pagamento mais usado em quantidade de transações, em 40,5% dos pagamentos registrados. Porém, esse percentual estava em 76,6% dos pagamentos em 2019, antes do surgimento da transferência imediata. O Pix, por sua vez, agora é usado em 24,9% das compras.

Porém, ainda há um longo caminho a ser percorrido até que ele seja mais popularizado. Segundo o estudo, 17,3% dos entrevistados não usaram o Pix nos últimos 12 meses, em especial por falta de conhecimento do seu funcionamento, agilidade de outros meios ou problemas de conexão com a internet no momento do pagamento.

O que a pesquisa diz sobre os cinco anos de Pix
Apesar de ainda usar muito as notas físicas, o público brasileiro já coloca o Pix na liderança entre os métodos favoritos de pagamento: ele é o preferido de 64,9% dos participantes, enquanto o dinheiro físico foi mencionado por 55,7%.

A preferência por meios eletrônicos se reflete também na forma de pagamento por serviços ou em um emprego fixo: entre o público, 64,1% das disseram receber sua principal fonte de renda direto na conta.

De acordo com o Banco Central, “novas funcionalidades” devem fazer com que o Pix fique ainda mais popular a partir do ano que vem, o que pode mudar ainda mais o cenário de uma eventual terceira edição da pesquisa. Uma delas é o Pix por aproximação, previsto para os próximos meses, que acelera esse tipo de pagamento por celular.

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Brasileiros encontram componente que torna antibiótico menos tóxico

Cientistas do Laboratório de Biologia Estrutural Aplicada da Universidade de São Paulo (ICB-USP) estão dando um novo passo em direção a antibióticos menos tóxicos e mais seguros.

A gentamicina, muito usada em tratamentos de infecção de pele, meningite ou pneumonia, está sendo destrinchada pela equipe do Centro de Pesquisa em Biologia de Bactérias e Bacteriófagos. Ela descobriu que essa molécula pode ser o segredo para remédios mais seguros no combate a bactérias.

A gentamicina é um antibiótico produzido pela bactéria Micromonospora purpurea e é composto por cinco moléculas diferentes, com atividades e toxicidades diferentes. E a separação e compreensão dessas moléculas são fundamentais para aprimorar o medicamento

A proposta da pesquisa é observar mais atentamente duas desses cinco moléculas: C2 e C2a, que têm estruturas semelhantes.

O pulo do gato aqui foi a enzima GenB2 que é a responsável por transformar C2 em C2a. Sem a enzima, não temos C2a, e o antibiótico teria só 4 moléculas. Mas pequenas variações nesse processo, produzindo mais C2a, podem melhorar a eficácia e também diminuir a toxicidade do antibiótico
Ana Bonasa

O uso da gentamicina ainda é limitado, pois, em excesso, pode prejudicar órgãos vitais, como rins e ouvidos.

O estudo, publicado na revista ACS Chemical Biology, pretende estudar a enzima GenB2 a fim de fazê-la produzir um antibiótico que tenha menos efeitos adversos nos pacientes.

Esse estudo mostra que pesquisar sobre antibióticos que já existem é essencial para desenvolver medicamentos mais seguros e eficazes no futuro, além de ajudar a enfrentar uma crescente resistência bacteriana. Assim, também é possível criar tratamentos mais precisos para infecções que já não respondem a antibióticos tradicionais.

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