SC deve gerar quase 100 mil empregos em tecnologia até 2027, aponta estudo da ACATE
O setor de tecnologia em Santa Catarina deve criar quase 100 mil novas vagas entre 2025 e 2027.
Os dados são da 4ª edição do Mapeamento de Demanda e Perfil de Talentos para o Setor de Tecnologia de SC, realizado pela Associação Catarinense de Tecnologia (ACATE) em parceria com o Sebrae Startups e com apoio da Rede de Inovação Florianópolis.
O estudo revela que 45% dessas contratações serão para desenvolvedores, refletindo a crescente demanda por profissionais qualificados.
O levantamento, apresentado na última terça-feira (18), destaca o avanço do setor, que já movimenta R$ 38,3 bilhões e representa 7,5% do PIB catarinense.
Atualmente, Santa Catarina abriga mais de 27 mil empresas de tecnologia, consolidando-se como um dos principais polos de inovação do Brasil.
A pesquisa ouviu 401 empresas entre outubro de 2024 e fevereiro de 2025, utilizando uma metodologia que expande os dados para representar todo o setor no estado.
As informações obtidas servirão para orientar a criação e aprimoramento de programas de capacitação, além de apoiar estratégias de atração de investimentos e fortalecimento da competitividade do ecossistema.
Leite sem vaca? Startup brasileira desenvolve bebida a partir do DNA animal
A produção de leite sem origem animal já está se tornando realidade graças a avanços na biotecnologia. Para além de produtos plant-based, no Brasil, a startup Future Cow está desenvolvendo uma tecnologia que usa microrganismos modificados geneticamente para criar as mesmas proteínas do leite de vaca, como a caseína e o soro de leite.
A empresa explica que este leite é criado através de um processo chamado fermentação de precisão, no qual uma cópia do DNA da vaca é usada para programar microrganismos a produzirem as proteínas do leite de maneira idêntica à do original, sem a necessidade de criar, alimentar ou ordenhar animais.
Esse processo de produção de leite sem vacas funciona de maneira parecida com a produção de cerveja ou insulina, onde após a fermentação, as proteínas do leite são separadas e misturadas com água, gorduras e outros ingredientes para recriar um leite idêntico ao de vaca, mas sem precisar de fazendas ou animais.
Para tornar essa produção viável e acessível, a Future Cow busca captar R$ 1,5 milhão via crowdfunding. O investimento será utilizado para aumentar a produtividade e reduzir custos, tornando a tecnologia mais comercialmente viável. A meta da startup é atingir escala industrial até 2026, com previsões de receita de R$ 66 milhões em 2027 e R$ 115 milhões em 2028.
Startups se preparam para COP30 com inovações e sustentabilidade
Empresas em fase de desenvolvimento na Amazônia, as chamadas startups, apostam em modelos de inovação sustentável visando ao mercado global. Essas iniciativas se preparam para a realização da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP30), em novembro, na cidade de Belém (PA).
A startup gerida pelo empresário Maurício Pantoja em Igarapé-Miriri (PA) é um exemplo de negócio alinhado ao modelo de desenvolvimento sustentável que valoriza a comercialização de produtos extraídos pelas comunidades tradicionais com a floresta em pé. Focada no beneficiamento de frutos regionais na forma de polpa e frutos em pó, a empresa já trabalha diretamente com duas cooperativas e gera oportunidade para 340 famílias de comunidades em Igarapé-Miri e Abaetetuba.
“Além de conectar a produção dessas pequenas comunidades por meio de um comércio justo, a gente também usa a tecnologia para melhor gerir, prever a colheita, diminuir o desperdício e agregar valor aos produtos”, explica.
O empresário lembra que o açaí foi o primeiro fruto a ser beneficiado na forma de polpa e vendido no mercado brasileiro, mas logo outros frutos entraram na carteira de produtos.
Comunicação quântica: nova era chegou ao Hemisfério Sul
O Hemisfério Sul acaba de registrar um feito histórico: o primeiro link de comunicação quântica. O teste foi realizado por cientistas da África do Sul e da China usando o microssatélite quântico chinês Jinan-1, lançado em órbita baixa da Terra.
Esse foi o mais longo link de satélite quântico intercontinental ultrasseguro do mundo, abrangendo 12.900 km, segundo o artigo publicado na revista científica Nature.
O experimento foi realizado em outubro do ano passado, na cidade de Stellenbosch, na África do Sul, onde as condições ambientais de céu limpo e baixa umidade permitiram a criptografia segura de imagens transmitidas entre estações terrestres de ambos os países.
A comunicação quântica é baseada em conceitos de mecânica quântica, garantindo transferência de informações altamente segura. Os cientistas explicam que essa tecnologia fornece segurança inigualável, mesmo contra adversários poderosos.
No estudo, chaves quânticas foram geradas em tempo real por meio da Distribuição Quântica de Chaves (QKD), a uma taxa considerada “excepcional” de 1,07 milhão de bits seguros durante uma única passagem de satélite.
Hollywood trava guerra contra gigantes da IA; debate já avançou no Brasil
A briga entre artistas e empresas de inteligência artificial está rolando desde a popularização do ChatGPT. Foi quando a classe artística percebeu que suas criações estavam sendo usadas para treinar modelos de IA sem autorização que, em última análise, poderiam competir com eles próprios.
O embate agora ganha novos contornos com a narrativa de que o assunto de direitos autorais também é uma questão de segurança nacional. Pelo menos é o argumento que algumas empresas enviaram para a Casa Branca na semana passada.
A OpenAI apresentou o que denominou “uma estratégia de direitos autorais que promove a liberdade de aprender”. No entanto, o conceito de aprendizado ao qual eles se referem não é aquele no sentido amplo que tradicionalmente conhecemos, mas sim um recorte específico voltado para o aprendizado da IA.
E o argumento vai ainda mais fundo ao dizer que essa é uma questão de segurança nacional em um cenário de competição global.
“O governo federal pode garantir aos americanos a liberdade de aprender com a IA e evitar ceder nossa liderança em inteligência artificial para a República Popular da China, preservando a capacidade dos modelos americanos de IA aprenderem com materiais protegidos por direitos autorais.