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Cinf News – Edição 56 (23/09/24)

Pacto para regulamentar IA é aprovado na ONU com troca de farpas entre governos

Conforme antecipado pelo Olhar Digital, governos de 193 países da Organização das Nações Unidas (ONU) chegaram a um acordo sobre a regulação da Inteligência Artificial (IA) e das big techs.

Após quatro anos de intensas discussões, acaba de ser formalizado um pacto que estabelece padrões éticos e de direitos humanos no desenvolvimento da IA. O que foi anunciado como “histórico”, no entanto, acabou enfraquecido.

Neste domingo (22), em Nova York, nos EUA, teve início a “Cúpula do Futuro”, promovida pela ONU – com a aprovação do “Pacto do Futuro”, um plano para orientar as negociações internacionais nos próximos dez anos.

O documento abrange temas como mudanças climáticas, direitos humanos e desenvolvimento social, além de propor a reforma do Conselho de Segurança da ONU e a revisão de organismos financeiros para incluir países emergentes.

Não houve o consenso esperado na aprovação do Pacto do Futuro da ONU

De acordo com reportagem de Jamil Chade, do UOL, a expectativa era de que o pacto fosse aprovado por consenso, mas a Rússia, de forma inesperada, apresentou novas exigências, ameaçando bloquear o acordo caso seus interesses não fossem atendidos.

Embora o pacto tenha sido aprovado, a manobra russa evidenciou a polarização global e enfraqueceu o impacto do documento. Moscou e seus aliados, como Nicarágua e Belarus, expressaram seu distanciamento, alegando que o acordo favorecia um pequeno grupo de países e criticaram a falta de consultas adequadas.

A Rússia, em particular, exigiu garantias de que a ONU não interferisse em assuntos internos de nações soberanas, uma questão que gerou tensões ao longo das negociações.

Líderes das potências do Conselho de Segurança não compareceram

O esvaziamento político da cúpula ficou evidente, com a ausência dos líderes das cinco potências do Conselho de Segurança (EUA, França, Reino Unido, Rússia e China), que enviaram apenas seus ministros, indicando que o pacto não teria o peso desejado.

No entanto, o impasse chegou ao auge durante a sessão final, quando a Rússia interrompeu a reunião para criticar o acordo, alegando que o Ocidente estava manipulando as negociações em benefício próprio. “Isso não pode ser chamado de multilateralismo Isso é uma derrota para a ONU e um acordo para atender a um grupo pequeno de países”, disse a chefia da delegação russa..

A delegação do Congo, representando os países africanos, defendeu o pacto e alertou que a ONU se encontrava em uma “encruzilhada”, destacando a importância de demonstrar unidade frente aos desafios globais. O México também se posicionou contra as emendas russas, afirmando que essas propostas não foram devidamente discutidas.

Outros países, como Camarões, apoiaram o pacto, enquanto Venezuela, representando Irã e Síria, criticou o Ocidente e apoiou as exigências russas, afirmando que a falta de disposição para negociar por parte dos países ocidentais havia causado o impasse.

No final, a proposta russa de votar uma emenda ao pacto foi rejeitada, com 143 países, incluindo o Brasil, se posicionando contra a iniciativa de Moscou, que recebeu o apoio de apenas sete nações.

Embora tenha sido seguido de aplausos, o resultado escancarou a divisão entre os países. O Pacto do Futuro foi aprovado, porém, sem conseguir apaziguar as tensões entre as principais potências mundiais.

António Guterres, secretário-geral da ONU, declarou que o objetivo da cúpula era “resgatar o multilateralismo do abismo”, mas poucos acreditam que o pacto aprovado será capaz de atingir esse objetivo de forma significativa. O processo negociador, marcado por divergências profundas, demonstrou os desafios em alcançar uma verdadeira cooperação global diante de interesses conflitantes.

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Microsoft quer reabrir usina nuclear “adormecida” — e a culpa é da IA

Uma das unidades da usina nuclear de Three Mile Island, na Pensilvânia (EUA) deve despertar em um futuro não to distante. Na sexta (20), a Microsoft e a Constellation Energy anunciaram um novo acordo energético para retomar as atividades em parte do complexo. O motivo da nova parceria são as demandas energéticas da infraestrutura de inteligência artificial.

Em 1979, a usina de Three Mile Island se tornou o palco do pior acidente nuclear dos Estados Unidos: uma falha no sistema de resfriamento levou ao derretimento de um dos reatores, que acabou destruído. A Constellation Energy fechou em 2019 o reator da Unidade 1, o vizinho daquele em que ocorreu o incidente, e agora quer retomar as operações da unidade até o fim da década.

Se a proposta for aprovada, a usina pode oferecer à Microsoft 835 megawatts, energia equivalente àquela necessária para abastecer 800 mil casas no estado. A energia vai ficar à disposição da empresa por 20 anos para seus data centers, que são as instalações onde ficam equipamentos necessários para um servidor funcionar e permitir treinamento de IA, operações na nuvem e mais.

Nunca houve um caso de uma usina nuclear retomar as atividades após seu fechamento, e menos ainda de o produto de uma única usina comercial ser destinado a um só cliente. Os data centers da Microsoft, bem como de outras gigantes digitais, ficaram tão grandes e famintos por energia que estão sufocando as fontes disponíveis atualmente.

É aqui que entra a energia nuclear, considerada limpa e mais eficiente que fontes como a solar e eólica. Além disso, a energia nuclear vem se tornando uma opção popular para as empresas, cujas necessidades energéticas crescem junto do compromisso climático. “As usinas nucleares são as únicas que podem cumprir essas promessas com consistência”, observou Joe Dominguez, diretor executivo da Constellation.

Apesar do anúncio do acordo, ainda há alguns passos à frente até que se torne realidade. A Constellation ainda precisa de aprovação da Comissão Regulatória Nuclear, que nunca concedeu autorização a nenhuma iniciativa do tipo. Também vão ser necessários investimentos significativos para restaurar a usina e os componentes necessários para que funcione em segurança.

Big techs e a energia

As gigantes da tecnologia vêm trazendo um aumento significativo na demanda de energia nos Estados Unidos. O motivo são os data centers necessários para a expansão de tecnologias como a inteligência artificial e computação na nuvem.

Por isso, a Microsoft, GoogleAmazon e outras vêm consumindo quantidades de energia maiores do que nunca para alimentar suas inteligências artificiais — segundo o banco Goldman Sachs, por exemplo, um simples prompt enviado ao ChatGPT exige quase 10 vezes a eletricidade necessária para o processamento de uma busca no Google.

A instituição espera que a demanda energética dos data centers aumente em 160% até 2030. No entanto, uma análise do jornal britânico The Guardian revelou que as emissões dos data centers da Google, Microsoft, Apple e Meta são mais de 600% maiores do que os dados divulgados oficialmente.

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Em declaração histórica, G20 foca em inovação aberta para o desenvolvimento sustentável

Declaração de Manaus, aprovada por consenso, reforça o papel da inovação aberta como motor para enfrentar os principais desafios globais e reduzir as desigualdades na produção e no acesso aos avanços científicos e tecnológicos.

Os ministros de Pesquisa e Inovação dos países do G20 e de nações convidadas se reuniram na cidade de Manaus, no estado do Amazonas, nesta quinta-feira (19), e estabeleceram um marco para a cooperação internacional, com base nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU).

Com o tema Inovação Aberta para um Desenvolvimento Justo e Sustentável, a reunião destacou a necessidade de um modelo de inovação colaborativa que supere fronteiras e as dicotomias entre Norte e Sul Global, alavancando o conhecimento produzido em escala mundial para gerar valor econômico e social.

“A inovação aberta se baseia em parcerias voluntárias e respeito à propriedade intelectual, promovendo um ecossistema forte e colaborativo”, ressaltam os ministros na declaração.

A reunião enfatizou que as desigualdades globais no acesso à ciência e inovação impedem o desenvolvimento sustentável, especialmente em países em desenvolvimento. Os líderes do G20 se comprometeram a ampliar a cooperação internacional em ciência, tecnologia e inovação (CTI), promovendo acesso equitativo a oportunidades de pesquisa, inovação e financiamento, em uma tentativa de fechar essas lacunas. “Essa cooperação será essencial para apoiar a realização da Agenda 2030 e seus ODS”, reforçam na declaração.

A proteção da biodiversidade e dos ecossistemas também foi apontada como tema essencial para o desenvolvimento sustentável. Os ministros reafirmam a necessidade de combater a degradação ambiental e as mudanças climáticas por meio da inovação,  com destaque ao papel das florestas tropicais, como a Amazônia, e dos ecossistemas marinhos.

A pandemia de Covid-19 foi um lembrete nítido das desigualdades no acesso a tecnologias médicas e sistemas de saúde robustos. A Declaração de Manaus reafirma, assim, o compromisso de promover a cooperação internacional em pesquisa e inovação para garantir que todos os países, especialmente os em desenvolvimento, tenham a capacidade de responder a emergências de saúde no futuro. “Devemos garantir a cobertura universal de saúde com base em inovação e tecnologias acessíveis”, aponta o texto aprovado.

A ministra de Ciência e Tecnologia do Brasil,  Luciana Santos, destacou que o consenso alcançado na reunião, representa uma grande vitória da diplomacia brasileira, reconhecida por sua habilidade em construir convergências. A Ministra ressaltou a importância de enfrentar as desigualdades regionais com o apoio da ciência, tecnologia e inovação, afirmando: “Precisamos enfrentar as assimetrias regionais para resolver, por meio da ciência e tecnologia, problemas candentes do povo brasileiro.” Ela falou do foco em temas como mudanças climáticas, transição energética, transformação digital e combate à fome.

Para ela, o encontro mostra o compromisso com equidade, diversidade e inclusão, enfatizando: “Buscamos, com os países do G20, que representam mais de 85% da economia global, criar convergências nessa agenda estratégica para qualquer projeto de nação”.

Tema deve continuar sob presidência sul-africana

Nomalungelo Gina, vice-ministra de Ciência, Tecnologia e Inovação da África do Sul, compartilhou suas expectativas para a presidência sul-africana do G20 no próximo ano, com um foco especial em ciência, tecnologia e inovação. Ela ressaltou a importância de seu país levar os aprendizados adquiridos no Brasil. “Enquanto nos preparamos para liderar a presidência do G20 em 2025, há muitas áreas que aprendemos e continuaremos a trabalhar. Estar aqui é uma oportunidade para aprender mais com as experiências do Brasil e garantir que possamos avançar com base no que já realizamos”, afirmou.

Entregas do Grupo de Trabalho de Pesquisa e Inovação

Entre os resultados práticos da reunião estão a criação de novas parcerias, como a colaboração entre o G20 e o Fórum Belmont para Pesquisa e Inovação na Amazônia. Foram aprovados acordos para promover a catalogação de espécies e expandir bases de dados de biodiversidade por meio de plataformas de ciência aberta, com ênfase na proteção dos ecossistemas florestais e marinhos. A proposta é que os países do G20 possam reduzir até atingir “zero emissões líquidas de gases de efeito estufa e neutralidade de carbono, incluindo transições energéticas justas, inclusivas e bioeconomias mais circulares e sustentáveis”.

A Declaração também resulta em uma série de documentos, incluindo a Estratégia do G20 para Promover a Cooperação em Inovação Aberta e as Recomendações sobre Diversidade, Equidade, Inclusão e Acessibilidade na Ciência e Inovação. O documento indica o papel fundamental que a mobilidade de pesquisadores e a cooperação internacional desempenham na inovação e no crescimento econômico. Incentiva-se a criação de políticas que facilitem essa mobilidade, especialmente entre os países do G20 e as nações convidadas.

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Fim do Wi-Fi? Conheça nova forma de se conectar à internet

Fim do Wi-Fi? A gente mal piscou e a tecnologia já está revolucionando.

O Wi-Fi parece já estar com seus dias contados. Uma nova e revolucionária ferramenta está sendo desenvolvida já em fases avançadas, e promete revolucionar a maneira como nos ligamos ao ciberespaço.

Chamada de Li-Fi, a nova técnica se utiliza de luz visível para transmitir dados ao invés das conhecidas ondas de rádio usadas pelo Wi-Fi. Isso significa uma conexão muito mais rápida e estável, podendo ser até 100x mais veloz do que o método que usamos hoje em dia.

O Li-Fi, abreviação de “Light Fidelity”, é uma tecnologia de comunicação sem fio que usa a luz visível para transmitir dados, ao invés das tradicionais ondas de rádio que o Wi-Fi utiliza. Isso mesmo, estamos falando de internet transmitida pela luz! A ideia é bem simples, mas muito poderosa. Funciona assim: o Li-Fi utiliza luzes LED para enviar informações de maneira tão rápida que é imperceptível ao olho humano.

Enquanto o Wi-Fi depende de sinais de rádio que podem sofrer com interferências e congestionamento, o Li-Fi usa a modulação da luz para transmitir dados.

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FDA aprova primeira vacina da gripe para ser aplicada em casa

Nos Estados Unidos, a agência Food and Drug Administration (FDA) aprovou o uso da primeira vacina da gripe (influenza) que pode ser aplicada em casa, sem o auxílio de profissionais da saúde. É o imunizante FluMist, da farmacêutica anglo-sueca AstraZeneca, que funciona como um spray ao ser aplicado no nariz.

O uso da vacina caseira contra a gripe está liberado para quem tem entre 2 e 49 anos, mas é necessário ter receita médica para comprar o composto que protege contra os subtipos A e B do vírus influenza. O modo de aplicação garante alguns benefícios, já que aumenta as proteções na porta de entrada do patógeno no corpo, as fossas nasais.

A primeira autorização de uso (mais restrita) envolvendo o uso da vacina é de 2003. O grande diferencial da decisão, divulgada na sexta-feira (20), é que a aplicação poderá ser feita por qualquer adulto, desde que siga o manual de instruções.

Vacina FluMist, da AstraZeneca

A vacina em spray da AstraZeneca sensibiliza as células do sistema imunológico na parte interna do nariz e da garganta contra a infecção. Essa estimulação ajudará a combater um futuro caso da doença, caso haja exposição.

O treinamento prévio é feito com vírus enfraquecidos (“atenuados”), presentes na composição da vacina FluMist. A mesma estratégia é usada em outros imunizantes, como os que protegem contra a varicela e o sarampo, por exemplo. Esta técnica não causa a infecção, embora o vírus esteja vivo.

Nesse processo de imunização, os efeitos adversos mais comuns são: dor de garganta; febre (temperatura corporal acima de 38 °C); nariz escorrendo ou entupido.

Aqui, vale destacar que a vacina contra a gripe não deve ser aplicada quando o paciente apresenta sintomas respiratórios, como o nariz congestionado. Com a secreção, o revestimento nasal não entrará em contato com a fórmula da vacina e a resposta imunológica será menor que a desejada.

Vacina da gripe de aplicação caseira

“A aprovação de hoje da primeira vacina contra a gripe para autoadministração ou administração por cuidadores [em caso de crianças e adolescentes] fornece uma nova opção para receber a vacina sazonal contra a gripe, segura e eficaz”, afirma Peter Marks, diretor do Centro de Avaliação e Pesquisa de Produtos Biológicos da FDA, em nota.

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