Observatório Brasileiro de Inteligência Artificial é lançado
O Observatório Brasileira de Inteligência Artificial (OBIA) foi lançado oficialmente nesta terça-feira, 3, durante o primeiro Seminário do Observatório Brasileiro de Inteligência Artificial, em São Paulo. A instituição tem como objetivo monitorar o uso de IA no País, para levantar dados e acompanhar seu desenvolvimento. A ideia é, com base nessas informações, desenvolver políticas públicas, para que o impacto da tecnologia seja o mais positivo possível.
O projeto foi concluído no final de julho, quando foi entregue ao presidente da república Luiz Inácio Lula da Silva. O gerente do OBIA, Tuca Reali, comparou o lançamento do portal ao nascimento de um bebê. “Ele chega ao mundo cheio de potencial, mas ainda não corre, não articula palavras mais complexas e nem anda, porque ele ainda é pequeno e está em seus primeiros passos”, explicou o gerente do OBIA.
Para a coordenadora do Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br), Renata Mielli, “ele será elemento fundamental para termos métricas e mais estudos sobre como usamos a IA, seu estágio atual, desenvolvimento e o impacto de seu uso”, afirmou no evento. O OBIA está previsto no Plano Brasileiro de Inteligência Artificial (PBIA), no eixo 5, e será coordenado pelo Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (Nic.br).
O advento da plataforma, na concepção da coordenadora do CGI.br, suprirá a falta de dados granulados e confiáveis a respeito do tema no Brasil. “Ainda há muitas dúvidas, manifestações e até indicativos alarmistas”, ressaltou Mielli. De acordo com ela, através das informações será possível desenvolver a inteligência artificial, focando na realidade do País. A plataforma tem o apoio de instituições como o Centro de Gerenciamento e Estudos Estratégicos (CGEE), a Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade) e o Centro de Inteligência Artificial da USP (Center for Artificial Intelligence – C4AI).
Florianópolis é a cidade mais conectada e inteligente do país
O Ranking Connected Smart Cities 2024, destacou a capital de Santa Catarina, Florianópolis, como líder do ranking geral de cidades mais inteligentes e conectadas do Brasil. Segundo o estudo, analisado pelo Observatório FIESC, a cidade, conhecida pelos avanços em tecnologia, sustentabilidade e infraestrutura, consolida sua posição de vanguarda ao atingir o primeiro lugar entre as cidades brasileiras avaliadas em 74 indicadores, pela segunda vez seguida.
Florianópolis teve destaque em diversos eixos temáticos gerais. No quesito mobilidade, a cidade garantiu o 3º lugar, por contar com um alto índice de veículos de baixa emissão: 0,91% da frota. A cidade também possui elevada malha cicloviária per capita, com 44,68 quilômetros de ciclovia para cada cem mil habitantes.
Além disso, possui 98,3% de cobertura de sinal 5G e velocidade média de conexão de 456,2 Mbps, fatores que a colocam em 5º lugar no eixo de tecnologia e inovação. Quando o assunto é segurança, Florianópolis chega à 3ª colocação, com investimento de R$ 122,98 por habitante, centro de controle e operações, 975,0 policiais por cem mil habitantes e taxa de mortes em acidente de trânsito de 9,9 mortes por cem mil habitantes.
No eixo de saúde, a capital catarinense obteve a 4ª posição, contando com 3,61 leitos para cada mil habitantes e 790 médicos para cada 100 mil habitantes. Além disso, 100% da população tem cobertura da atenção de saúde primária, investimento per capita de R$ 929,3 por habitante em saúde, taxa de óbitos infantis de 4,4 por mil nascidos vivos e a existência de agendamento online para consultas de saúde na rede pública.
Confira o ranking estadual, com destaque das cidades, na ordem de melhores classificações gerais:
Balneário Camboriú (6º lugar): A cidade foi líder no eixo de meio ambiente pelo quarto ano consecutivo, ocupando a 1ª posição. Balneário Camboriú se destaca por ter 100% de cobertura de água e coleta de resíduos sólidos, além de uma das menores taxas de perdas na distribuição de água do país, com apenas 7%.
Jaraguá do Sul (19º lugar): O município manteve um desempenho sólido no ranking, especialmente em áreas relacionadas à economia e meio ambiente, reforçando seu compromisso com políticas sustentáveis e a melhoria da qualidade de vida de seus habitantes.
Blumenau (27º lugar): A cidade atingiu posições mais altas, em relação a 2023, nos eixos de economia, tecnologia e inovação, urbanismo e mobilidade. No último, atingiu a 9ª posição geral.
Itajaí (29º lugar): Subindo 18 posições em relação ao último ranking, Itajaí alcançou a 29ª colocação no geral, ocupando o 6º lugar em mobilidade. A cidade também teve destaque nos eixos de urbanismo, governança e tecnologia e inovação.
Joinville (36º lugar): A maior cidade de Santa Catarina também aparece entre as mais bem colocadas do estado, ocupando posição de destaque no eixo de mobilidade (7º lugar).
Criciúma (56º lugar): Após estar fora do Top 100 no último levantamento, Criciúma subiu para a 56ª posição geral, um reflexo das melhorias significativas em tópicos como educação e tecnologia e inovação, além de um forte desempenho no eixo de governança.
Ranking Connected Smart Cities
Essa é a 10ª edição do estudo, desenvolvido pela Urban Systems, por meio de metodologia própria e exclusiva, em parceria com a Necta. Além de considerar os conceitos de cidades inteligentes, como tecnologia, meio ambiente e sustentabilidade, o Ranking considera conceito de conectividade, investimentos em saneamento, importância da educação na formação e reprodução dos potenciais das cidades e sustentabilidade econômica.
Acesse o ranking completo aqui
Blue Origin, de Bezos, lança com sucesso seu 8º voo com passageiros para turismo espacial
A Blue Origin, empresa de foguetes do empresário e bilionário Jeff Bezos, lançou com sucesso mais um voo espacial com tripulantes na manhã desta quinta-feira (29). O g1 transmitiu o voo ao vivo.
Batizada de NS-26, a missão levou seis civis ao espaço. A decolagem aconteceu em uma base no oeste do Texas (EUA) às 10h08, no horário de Brasília, e durou em torno de 10 minutos.
“A escuridão do espaço…não há como descrever. É algo impressionante. Tudo foi muito bom, não poderia ter tido uma experiencia melhor”, disse Rob Ferl, um dos tripulantes, que é professor e diretor do Instituto Espacial Astraeus da Universidade da Flórida (EUA).
O que é e como funciona a Starlink, serviço de internet de Elon Musk
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes ordenou o bloqueio de contas da empresa Starlink Holding no Brasil, do bilionário Elon Musk, para garantir o pagamento de multas aplicadas pela Justiça brasileira contra a rede social X, que está sem representante oficial no país.
Moraes diz que há um “grupo econômico de fato” operando no Brasil e controlado por Musk. No caso, são as empresas X e o serviço de internet via satélite Starlink.
Em 2022, no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, a Starlink recebeu sinal verde da Anatel para operar no Brasil. A concessão vai até 2027
O que é a Starlink?
A Starlink é um braço da SpaceX, a companhia de exploração espacial de Elon Musk. Com a Starlink, o grupo trabalha para lançar e formar uma “constelação” de satélites para levar conexão de internet a áreas remotas com pouca ou nenhuma estrutura. Alguns exemplos são:
- áreas rurais
- pequenos vilarejos
- desertos
- alto mar
- Amazônia
A tecnologia também funciona em movimento, em meios de transporte como:
- aviões
- lanchas e barcos
- navios (cruzeiros)
- carros e motorhomes
Os satélites da Starlink ficam em órbita terrestre baixa, a uma altitude de cerca de 550 quilômetros, o que significa que eles estão próximos da Terra (inclusive, é possível vê-los daqui), tornando o envio de sinal bem mais rápido. Para comparação, os satélites geoestacionários ficam a uma distância de 35 mil km.
Segundo a Starlink, os satélites se movem automaticamente para evitar colisões com lixos espaciais. Também há sensores de navegação para que os equipamentos possam encontrar a melhor localização, altitude e orientação para envio de sinal de internet.
A empresa tem hoje cerca de 3 mil equipamentos operando e, no futuro, espera chegar a 42 mil em órbita na Terra.
BMW e Toyota prometem carro a hidrogênio para 2028; veja como funciona
A BMW confirmou que vai lançar o seu primeiro carro movido a hidrogênio (FCEV) com produção em série a partir de 2028. O veículo será desenvolvido em parceria com a Toyota, pois as empresas são parceiras há 12 anos no desenvolvimento deste tipo de tecnologia.
O carro será baseado no iX5 Hydrogen, que teve menos de 100 unidades produzidas e roda em testes por várias regiões do mundo — Autoesporte foi até os Estados Unidos dirigir o modelo. A marca japonesa também tem o seu carro a hidrogênio, o Mirai.
Como funciona?
Na prática, um carro movido a hidrogênio funciona como um veículo elétrico qualquer. Porém, em vez de se alimentar da energia proveniente de baterias, utiliza o gás armazenado em tanques instalados sob o assoalho. No caso do iX5, são dois. Um deles é colocado longitudinalmente no centro do monobloco; outro transversalmente, sob os bancos traseiros.
Juntos, esses tanques comportam 6 kg de hidrogênio, o suficiente para dar 500 km de autonomia ao modelo, considerando o ciclo europeu. O hidrogênio é dividido em prótons e elétrons. Esses prótons passam por uma membrana eletrolítica, enquanto os elétrons seguem por outro caminho, formando uma corrente elétrica que é aproveitada pelo motor e pelas baterias de lítio localizadas na parte traseira do veículo, sob o porta-malas.
O resultado dessa reação é água pura, sem minerais, que sai da parte de baixo da carroceria – fenômeno semelhante ao dos aparelhos de ar-condicionado veiculares.
No caso do iX5, a célula de combustível gera 170 cv de potência, mas ela opera praticamente o tempo todo, enquanto o carro está ligado. A energia gerada nesse equipamento alimenta um acumulador que garante outros 231 cv que, somados, chegam aos 400 cv de potência, de acordo com a BMW.
A BMW e a Toyota desenvolverão em conjunto o sistema de trem de força para veículos de passeio, com a tecnologia de célula de combustível central (as células de combustível individuais de terceira geração) criando sinergias para aplicações em veículos comerciais e de passeio.
O resultado dessa parceria será utilizado em modelos das duas marcas. Porém, as fabricantes garantiram que os produtos vão manter identidades e características distintas de cada uma.