Conheça a tecnologia que está fomentando cidades inteligentes e conectadas no Brasil
E se existisse uma tecnologia que pudesse transformar a administração da sua cidade, economizar tempo e recursos públicos, e ainda ampliar a oferta de serviços digitais ao cidadão? Mais do que isso, uma solução abrangente, que melhorasse a mobilidade urbana, a segurança e o planejamento urbano?
Essa é a proposta da Plataforma de Inteligência de Governo criada pelo Serpro para os municípios brasileiros de qualquer tamanho ou grau de modernização. Ela reúne um conjunto de ferramentas tecnológicas avançadas, desenvolvidas para modernizar a gestão pública e aproximar o governo do cidadão de forma eficiente e transparente.
A Plataforma de Inteligência de Governo é um dos destaques do Smart Gov Nacional, evento que reúne, de 7 a 9 de agosto, em Belo Horizonte, gestores municipais de todo o país para discutir o futuro da inovação aplicada à gestão pública. A solução foi tema da primeira palestra da programação oficial e será demonstrada pelos especialistas do Serpro durante todo o evento no estande da empresa.
Responsável pela palestra sobre a plataforma, Andre Agatte, assessor especial da Diretoria, falou sobre a importância da empresa e suas inovações na estruturação do Estado brasileiro, destacando a atenção especial dada aos municípios do país.
“O Serpro tem a missão de promover a transformação digital para aqueles que mais necessitam, especialmente os municípios, que enfrentam dificuldades em acompanhar esse processo. E é através dos municípios que a modernização tecnológica vai poder facilitar a vida das pessoas. Democratizar, portanto, a tecnologia é uma tarefa do Serpro, uma empresa estatal comprometida com a soberania digital e a justiça social”, afirmou.
O que a plataforma oferece?
A Plataforma de Inteligência de Governo do Serpro é estruturada em eixos, cada um focado em diferentes aspectos da administração pública e da interação com os cidadãos:
Mobilidade: Soluções voltadas para otimizar a gestão de infrações, processos administrativos e o trabalho dos agentes, favorecendo o planejamento do trânsito da cidade.
Tecnologia e Inovação: Fomento de um ecossistema de inovação através da integração de novas soluções para transformar serviços públicos e estimular o crescimento tecnológico e a cidadania digital.
Segurança: Soluções biométricas para adaptar em diversas jornadas de vigilância inteligente; proteção contra fraudes e falsificações de documentos e de identificação; e ambientes e sites protegidos para uma navegação segura.
Economia: Utilização de análise de dados e tecnologias inteligentes para impulsionar o desenvolvimento econômico, melhorar a eficiência dos serviços públicos e fomentar oportunidades de negócios.
De chatbots para atendimento eficiente ao cidadão, ao planejamento estratégico e monitoramento de projetos públicos, a Plataforma de Inteligência de Governo é uma solução completa para a administração pública. Todas essas tecnologias trabalham juntas para aumentar a eficiência, transparência e acessibilidade nos serviços municipais, promovendo uma administração mais moderna e responsiva às necessidades da população. E, em breve, serão disponibilizadas soluções para outros três eixos transformadores: educação e cultura; meio ambiente e sustentabilidade; e saúde e bem-estar social.
Smart Gov
Promovido pela Associação Nacional das Cidades Inteligentes, Tecnológicas e Inovadoras (Anciti), o Smart Gov Nacional é o último evento de 2024 de uma série realizada em várias regiões do país. A iniciativa visa promover a educação, o intercâmbio de conhecimentos e experiências e a conquista dos desafios impostos aos gestores de TI na busca de soluções para melhoria da administração pública e dos serviços entregues ao cidadão brasileiro.
Para o presidente da Anciti, Johann Dantas, a parceria do Serpro foi fundamental para o sucesso desse ciclo de conferências. “Eu não poderia deixar de agradecer a presença do Serpro, que é um parceiro estratégico nosso, levando as suas soluções para os municípios. Essa sinergia é muito importante, porque por mais que o Ancit esteja presente em todos os municípios, é através do Serpro, através das suas soluções que a gente consegue levar o que há de melhor, do ponto de vista de produtividade, do ponto de vista de acessibilidade, do ponto de vista de serviços para a população”, declarou.
Finep apoia desenvolvimento estrutural de “barco voador” para melhorar mobilidade na Amazônia
Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), aprovou o financiamento de R$ 9,9 milhões no desenvolvimento estrutural do Volitan, uma espécie de “barco voador” que busca melhorar o transporte de cargas e pessoas na Amazônia.
O transporte, criado em 2021 pela startup Aeroriver em parceria com o Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA), será capaz de transportar 10 pessoas ou uma tonelada de carga de acordo com os desenvolvedores.
Com 18 metros de comprimento, o barco poderá percorrer uma distância de até 450 km sem reabastecer, operando a uma altura de cinco a 10 metros da água e velocidade de 150 km/h. Além disso, o veículo ainda emite menos CO₂ do que outras embarcações e aeronaves.
Segundo o engenheiro aeronáutico e sócio da startup, Lucas Guimarães, o uso do Volitan terá impacto social com o transporte mais eficiente e rápido de pessoas e cargas essenciais para a população ribeirinha, como alimentos e medicamentos.
“Nosso objetivo maior é mesmo resolver problemas logísticos na região Amazônica. Este veículo representa uma solução inovadora, superando as limitações de velocidade dos barcos tradicionais e minimizando o impacto ambiental”, diz Guimarães.
De acordo com a proposta do projeto, o veículo será capaz sobrevoar rios para chegar ao destino de maneira mais rápida e sustentável. O financiamento foca no desenvolvimento do projeto estrutural do veículo, centrando no desenvolvimento do airframe, incluindo etapas de revisão aerodinâmica, definição de requisitos técnicos e planejamento da industrialização.
Neuralink implanta chip cerebral em segundo paciente
A Neuralink teve sucesso ao implantar seu chip cerebral em um segundo paciente. A revelação foi feita por Elon Musk, cofundador da companhia. O dispositivo tem a finalidade de ajudar pessoas que sofreram lesões na medula espinhal a ganhar algum nível de autonomia.
O primeiro paciente recebeu o implante da Neuralink no começo de 2024. Desde então, Noland Arbaugh, um homem que tem tetraplegia, pode realizar pequenas ações, como jogar xadrez em um notebook com auxílio do implante.
Implante do segundo paciente já funciona
Musk disse em edição recente do podcast de Lex Fridman que a Neuralink implantou o chip cerebral em um segundo paciente. O empresário não revelou quem é essa pessoa, tampouco contou quando o procedimento foi executado.
No entanto, Elon Musk explicou que cerca de 400 eletrodos do implante do segundo paciente estão em funcionamento. “Há muito sinal, muitos eletrodos. Está funcionando muito bem”, complementou. Em seu site, a Neuralink explica que o dispositivo conta com 1.024 eletrodos.
O empresário contou também que o segundo paciente tem uma lesão na medula espinhal parecida com a de Noland Arbaugh, que também participou do podcast.
Alguns percalços
Arbaugh demonstrou estar satisfeito com o implante. Ele declarou que, agora, consegue pensar em uma ação que é detectada pelo dispositivo. Na sequência, a ação correspondente é executada na tela do seu computador. Com isso, Arbaugh conseguiu diminuir um pouco a dependência que tem de cuidadores.
Mas nem tudo é positivo no estudo feito com Noland Arbaugh. Há dois meses, a Neuralink informou que alguns fios do implante do paciente se soltaram. A empresa teve que calibrar a sensibilidade do algoritmo para fazer o dispositivo voltar a funcionar como o esperado.
Mais oito pacientes até o fim do ano
A Neuralink foi criada em 2017 e, em 2020, anunciou oficialmente o implante cerebral com a promessa de tornar o dispositivo útil para pessoas que têm algum tipo de problema neurológico que afeta os movimentos do corpo.
Inicialmente, a companhia testava o implante em animais. A Neuralink chegou a ser acusada de abusar desses testes. Mas, para o projeto evoluir, é preciso que o dispositivo seja testado em humanos, processo que ainda está em fase inicial.
Além de Noland Arbaugh e do segundo paciente, a Neuralink espera fazer o implante em mais oito pessoas até o final do ano. Ainda de acordo com a empresa, mais de 1.000 pessoas já se candidataram para fazer parte dos testes.
Magnetogenética | Ímãs no cérebro controlam mente de animais
Na Coreia do Sul, pesquisadores do Instituto de Ciência Básica (IBS) usam uma técnica conhecida como magnetogenética para “controlar” a mente através de campos magnéticos e ímãs. Os primeiros resultados dos testes com camundongos foram promissores, segundo a equipe.
A partir de nanopartículas magnetizadas e campos magnéticos, o grupo de cientistas conseguiu ativar seletivamente circuitos neurais profundos dos animais, sem nenhum fio, induzindo a comportamentos específicos, como buscar alimentos. É o que aponta o estudo publicado na revista Nature Nanotechnology.
Conhecida como Interface Magnetogenética para NeuroDinâmica (MIND), “esta é a primeira tecnologia do mundo a controlar livremente regiões cerebrais específicas usando campos magnéticos”, afirma Cheon Jin-Woo, diretor do Centro de Nanomedicina do IBS, em nota. “Esperamos que seja amplamente usada em pesquisas para entender funções cerebrais”, acrescenta o cientista sul-coreano.
Controlando a mente de animais
Nos testes com camundongos, os pesquisadores afirmam ter demonstrado a capacidade de ativar neurônios ligados com comportamentos maternos. Dessa forma, “despertaram” comportamentos maternais em fêmeas que não geraram filhotes, como se tivessem tido.
Além disso, a tecnologia com campos magnéticos foi usada para regular comportamentos alimentares dos animais ao mirar em determinados circuitos de uma região conhecida como hipotálamo lateral. Com isso, aumentaram em 100% o apetite dos animais, fazendo-os buscar comida.
Em outro teste, a ativação de neurônios excitatórios levou a uma redução de mais de 50% no apetite e comportamentos alimentares. Todos esses resultados apenas reforçam o potencial da técnica que pode ser usada para entender melhor os mecanismos que permitem o cérebro funcionar.
Magnetogenética em humanos?
Apesar do resultado positivo em controlar a mente de animais com a magnetogenética, o cérebro humano é muito mais complexo — são 100 bilhões de neurônios interconectados. Então, a técnica não foi testada e nem deve ser nos próximos anos, já que envolve inúmeras questões de segurança e um profundo debate ético.
No limite, a magnetogenética está próxima do que entendemos como controle mental e, por isso, é tão complexo pensar em futuros estudos clínicos envolvendo a tecnologia que usa os imãs para controlar a mente humana.
Quase nada “disruptivas” nesse questão, as interfaces cérebro-máquina (BCI) usadas no chip cerebral da Neuralink levaram inúmeros anos para obter autorização para os primeiros testes clínicos, após inúmeros experimentos com diferentes espécies de animais. Hoje, a tecnologia só foi testada em apenas duas pessoas, o que só reforça a distância de algum experimento com magnetogenética.
Luva para tremor do Parkinson criada por alunos custa menos de 1% do valor
Lembra dos pesquisadores júnior que criaram a fralda biodegradável que custa apenas R$ 1,40? Eles não param de inovar.
Diretamente da Escola Técnica Estadual Paulo Freire, em Carnaíba, no sertão de Pernambuco, esses estudantes agora investiram na criação de uma luva que estabiliza tremores causados pelo Parkinson.
O protótipo da luva criado pelos alunos é feito com uma luva de academia, um motor de disco HD de computador, um regulador de energia e uma placa arduino, que funciona como o microcontrolador da luva. O movimento do motor de HD é que estabiliza os movimentos das mãos, diminuindo o tremor
Lembra dos pesquisadores júnior que criaram a fralda biodegradável que custa apenas R$ 1,40? Eles não param de inovar.
Diretamente da Escola Técnica Estadual Paulo Freire, em Carnaíba, no sertão de Pernambuco, esses estudantes agora investiram na criação de uma luva que estabiliza tremores causados pelo Parkinson.
O protótipo da luva criado pelos alunos é feito com uma luva de academia, um motor de disco HD de computador, um regulador de energia e uma placa arduino, que funciona como o microcontrolador da luva. O movimento do motor de HD é que estabiliza os movimentos das mãos, diminuindo o tremor.
Para dar sequência ao projeto, eles vão desenvolver vibradores para os dedos das mãos que irão funcionar como uma distração para o cérebro. Isso reduzirá tremores involuntários e podem diminuir o tamanho da luva, o que a deixará mais confortável.
Se na escola eles já tão criando projetos assim, imagina o que não podem fazer no futuro! Esses cientistas junior merecem reconhecimento, incentivo e, acima de tudo, investimento
Laura Marise