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Cinf News – Edição 45 (Segunda – 08/07/24)

Pix por aproximação: nova tecnologia será lançada em fevereiro de 2025

O Banco Central do Brasil confirmou nesta quinta-feira (4) detalhes sobre o lançamento da aguardada forma de pagamento Pix por aproximação. O recurso tem previsão de lançamento para o final de fevereiro de 2025.

Com a função, usuários poderão fazer pagamentos via Pix sem precisar acessar o aplicativo de uma instituição financeira. Usando uma carteira digital, basta fazer a aproximação por um aparelho compatível, como um smartphone ou smartwatch com NFC, e ter realizado a autorização prévia para transações.

Além disso, o pagamento em sites também será facilitado: o cliente não precisará mais sair do ambiente da loja para fazer uma transação, já que o pagamento será executado no próprio site.

Os primeiros testes com essa tecnologia começam em novembro deste ano. A implementação dessa novidade é possível graças às novas regulamentações da plataforma Open Finance, que unifica informações de cada brasileiro envolvendo produtos bancários, investimentos, capitalização e outras ferramentas financeiras.

Open Finance e o futuro do dinheiro no Brasil
Segundo a instituição, a chegada de tecnologias como essa por aproximação significa uma “simplificação na jornada de pagamento”. O Pix é o meio de pagamento mais usado no Brasil, já superado operações somadas com cartões de crédito e débito no país.

Além dessa novidade, as novas regras do Open Finance permitirão a ampliação de instituições que farão parte desse ecossistema, incluindo até operadores de câmbio, e estabelecer a estrutura definitiva desse serviço.

Na prática, a ideia do Banco Central e do Conselho Monetário Nacional é abrir espaço para a construção de superapps pelas instituições de grande porte, como bancos e outros serviços de grande base de clientes. O Itáu, por exemplo, confirmou recentemente a intenção de unificar apps em uma só ferramenta.

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Governo prepara portaria para regulamentar apps como o “jogo do tigrinho”

Com o objetivo de reconhecer os jogos de aposta online, como o “jogo do tigrinho”, o Ministério da Fazenda (MF) anunciou que planeja publicar no próximo mês uma portaria para regulamentar e definir critérios técnicos e jurídicos da modalidade. Segundo reportagem do G1, o movimento busca garantir que esse tipo de produto cumpra uma série de exigências para ser legalizado no Brasil.

Certificação para operar
De acordo com o Ministério da Fazenda, a portaria deve exigir que jogos de apostas online sejam submetidos a uma certificação que será emitida por companhias habilitadas pela entidade. Dessa forma, elas poderão definir se os games seguem os critérios da regulamentação antes de serem liberados para o público. Caso contrário, os títulos não poderão ser oferecidos para download no país.

Vale apontar que atualmente há quatro empresas homologadas para liberarem a certificação — são elas: Gaming Laboratories International LLC, Gaming Associates Europe Ltd, BMM Spain Testlabs e eCogra Limited.

A pasta também destaca que os games precisarão ser “ofertados por operadores de apostas que tiverem autorização” e terão a nomenclatura bet.br no fim do endereço na web. Por fim, qualquer marca interessada em participar da regulamentação deverá fazer a solicitação até o dia 31 de dezembro de 2024.

O Ministro Fernando Haddad é a favor da regulamentação e afirmou isso no Senado na terça-feira (2).

“Todos os países da OCDE [Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico] praticamente, quase todos os países do G20 e, olhando o globo terrestre, quase todos os países, mais de 90% dos países regulamentaram”, ressalta Haddad. “Desde que seja bem disciplinado, bem feito, moralizado, com a supervisão do Estado brasileiro, proteção ao cidadão, é uma coisa que pode gerar emprego e renda no nosso país”, finaliza.

Mas e o “jogo do tigrinho”?
O Ministério da Fazenda ainda não sabe afirmar se o Fortune Tiger se enquadra em um jogo de azar, mas a advogada especialista de criminal e compliance Railane Roma, em entrevista ao Canaltech, acredita que o produto faz parte sim dessa definição.

“Jogos de azar são aqueles cujo resultado não depende da habilidade do jogador, mas sim da sorte”, explica. “Em outras palavras, são jogos onde o jogador não pode influenciar o resultado com suas habilidades, dependendo apenas da sorte, e o Fortune Tiger se encaixa nisso”, conclui.

Já a Associação Nacional de Jogos e Loterias (ANJL) discorda disso. “Fortune Tiger consiste em um jogo de chance, na modalidade de quota fixa e não um jogo de azar, proibido pela Lei de Contravenções Penais”.

A modalidade de quota fixa indica que o apostador tem a informação de quanto pode ganhar a partir do valor que apostou.

Para entender melhor a situação, vale conferir as polêmicas envolvendo o “jogo do tigrinho”.

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Anúncios políticos com IA terão selo especial, revela Google

O Google vai identificar propaganda eleitoral produzida ou complementada com inteligência artificial. Uma nova regra adicionada às Políticas de Publicidade da empresa requer que anunciantes confirmem se o conteúdo é gerado por conteúdo sintético ou alterado por IA.

A partir deste mês, anunciantes que criarem anúncios eleitorais com conteúdo sintético (gerado por IA) ou alterado digitalmente deverão deixar isso mais claro. No processo de criação da campanha, eles deverão confirmar as alterações marcando a caixa de seleção na seção “Conteúdo sintético ou alterado”.

Todos os anúncios com essa caixa marcada serão identificados de forma automática quando exibidos, seja nos feeds para celulares, no YouTube Shorts ou em transmissões para computadores, celulares, TVs e web.

Nos demais formatos, caberá ao anunciante incluir a declaração de conteúdo alterado em destaque. O Google requer que o aviso seja “claro e evidente” e apareça em algum lugar que seja perceptível para o usuário.

A mudança sobre as Políticas do Google Ads foi publicada na segunda-feira (1). É possível que as alterações nas diretrizes estejam em vigor desde então.

O foco do Google para as novas regras de publicidade é garantir lisura no processo eleitoral. Em novembro deste ano, acontecerão as eleições nos Estados Unidos e, no Brasil, as eleições municipais acontecerão em outubro.

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Japão desenvolve robô humanoide para manutenção de ferrovias

A West Japan Highway (JR West), responsável por operações de trens no Japão, trouxe uma ferramenta inusitada para realizar a manutenção de ferrovias. Trata-se de um robô humanoide, que é responsável por tarefas como a pintura e jardinagem das linhas.

Ele funciona de forma remota, em que um operador posicionado em solo controla o robô. Essa pessoa pode ter os “olhos e ouvidos” do equipamento por meio de um óculos especial, que mostra imagens capturadas por câmeras embutidas na máquina.

De acordo com o presidente da JR West, Kazuaki Hasegawa, a posição do funcionário no chão permite que ele trabalhe com segurança, ao mesmo tempo que o robô realiza tarefas no ar. Além disso, também é possível garantir a proteção durante tarefas em condições perigosas, como ao lidar com cabos de energia.

Por meio de sensores de movimentação, é possível fazer com que a cabeça do robô vire na mesma direção e intensidade que o deslocamento do funcionário. Também há retorno de som captado pelo equipamento, para facilitar os trabalhos realizados.

O robô tem um alcance vertical de 12 metros, e é capaz de levantar pesos de até 40 kg. O movimento dos braços é feito por meio de alavancas, e eles podem ser equipados com garras ou pincéis, dependendo da finalidade.

A sensibilidade dos controles também pode ser alterada para corresponder à tarefa — afinal, os movimentos para realizar uma pintura delicada nas linhas é diferente do necessário para cortar algo com uma motosserra, por exemplo.

Além de permitir um trabalho mais seguro em tarefas potencialmente perigosos, o robô também poderão aumentar a força da mão de obra, já que o Japão tem uma sociedade envelhecida. Além disso, estima-se que as horas de trabalho de manutenção seja reduzida em cerca de 30%.

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5G deve levar ações de conectividade a 75% das localidades rurais até 2030

A Anatel (Agência Nacional das Telecomunicações) publicará em breve um novo diagnóstico da conectividade rural, afirmou o secretário das Telecomunicações, Hermano Tercius, durante o evento “Brasil do Futuro – Agro”, realizado pelo UOL, em São Paulo.

O levantamento foi encomendado pelo Ministério das Comunicações. Dados apresentados pelo secretário indicam que é provável que o documento mostre um avanço da conexão no campo.

De acordo com ele, o leilão 5G, realizado em 2021, contribuirá para levar soluções de conectividade a 75% das áreas rurais reconhecidas pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) até 2030.

A Anatel (Agência Nacional das Telecomunicações) publicará em breve um novo diagnóstico da conectividade rural, afirmou o secretário das Telecomunicações, Hermano Tercius, durante o evento “Brasil do Futuro – Agro”, realizado pelo UOL, em São Paulo.

O levantamento foi encomendado pelo Ministério das Comunicações. Dados apresentados pelo secretário indicam que é provável que o documento mostre um avanço da conexão no campo.

De acordo com ele, o leilão 5G, realizado em 2021, contribuirá para levar soluções de conectividade a 75% das áreas rurais reconhecidas pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) até 2030.

Outro caminho para viabilizar a conectividade rural é utilizar recursos do Fust (Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações). Composto por 1% da receita bruta das empresas de telecomunicação, o fundo deveria financiar a expansão da telefonia fixa, hoje estagnada no país.

A ideia é usar o dinheiro para fornecer benefício fiscal de maneira reembolsável. A aplicação prevista é de mais de R$ 1 bilhão. Esses recursos poderão beneficiar 52 mil escolas rurais, que devem ser atendidas até 2026.

“Daqui até o fim do ano, a gente tem esses editais correndo e ajudando a inciativa privada”, diz Tercius.

Para Renato Bueno, diretor financeiro na ConectarAGRO e diretor de novos negócios para América Latina na Nokia, as fontes de recursos reembolsáveis podem facilitar a chegada da internet às escolas no campo. A conexão de uma área de 100 mil hectares contempla dezenas de escolas, diz ele.

“O uso de aplicação de verbas parlamentares é uma oportunidade muito grande e a cobertura no campo requer uma infraestrutura que tem custo, então qualquer tipo de subsídio acelera a escala e rentabilidade dela”, afirma Bueno.

Próxima parada: distritos agrotecnológicos

Associação de empresas que tentam viabilizar a internet 4G em áreas rurais do Brasil, a ConectarAgro desenvolveu junto com a Universidade de Viçosa um indicador para indicar o estágio da conexão no campo. Apenas 19% da zona rural está conectada, mas não de maneira uniforme. Em São Paulo, a média é de 55%; na região Norte, é de 16%.

Um dos empecilhos para a cobertura da internet ganhar escala é o modelo de negócio, já que, segundo Renato Bueno, “o nível de investimento para 20 mil hectares e 200 hectares é relativamente parecido”. O caminho, diz ele, é pensar em entidades agregadoras, a fim de permitir democratização da tecnologia.

“O salto do grande para o pequeno é o maior desafio. Por isso, [a importância de] cooperativas e os próprios municípios, consórcios, condomínios, em um pensamento de agregação regional, para conseguir escalar a conectividade no território brasileiro”, explica.

A pretensão do Ministério das Comunicações é também criar “distritos agrotecnológicos”, voltados para pequenos e médios produtores. O projeto piloto contemplou um grupo de agricultores de São Miguel de Arcanjo, cidade no interior de São Paulo. Depois de 60 produtores recebem internet, os custos deles caíram 24%, e os ganhos cresceram 28%.

A previsão é fazer nos próximos dois anos mais 10 distritos, a um custo de R$ 24 milhões. Nos quatro anos seguintes, o objetivo é chegar a 1.896 distritos. “Cada distrito segue dois modelos, de 500 e mil produtores, tendo um custo de R$ 2,5 milhões para o menor e R$ 5 milhões para o maior”, afirma o secretário.

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